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sábado, 25 de fevereiro de 2012

A necessidade do espírito épico nos tempos modernos

Ponto por ponto:

O "senhor do engenho"

No início, os "senhores do engenho" eram austeros, desbravadores, aguerridos. Alguns já com certa idade, partiam em busca de novas terras, e para isto enfrentavam todos os perigos. Exemplos de varões! Por isto, eram admirados por todos que os cercavam, inclusive pelos escravos. 

Com o passar das gerações, a vida dos filhos e netos daqueles desbravadores de outrora,  ia se tornando cada vez mais fácil. 
O engenho e o sistema de colheita e produção estavam funcionando perfeitamente, a casa estava construída, etc. Tudo estava pronto. Com isto, e aos poucos foi se perdendo o espírito empreendedor e, aquele que outrora era exemplo de desbravador e varão começou a se tornar o contrário, acomodado, preguiçoso. 
Um fato interessante, e que pode servir para denominar este novo "senhor do engenho" é que os escravos e pessoas que cercavam o senhor do engenho, austero, desbravador, corajoso, o chamavam senhor ou "sinhô". Quando este gerou prole, passaram a chama-la "nho" e por aí ia. 
Como os filhos e netos do "senhor do engenho" nasceram e foram criados acostumados com "vida boa", prestígio e bajulação por parte dos que o cercavam, terminaram perdendo o espírito empreendedor e relacionando este fato com o apelido que receberam dos que o cercavam, surgiu o termo "nho-nhô".

Este novo personagem acostumado com estabilidade social, bem-estar, bajulação, prestígio perdeu a intransigência e espírito de luta e aguerrimento de outrora e começou a idolatrar esta nova vida, resumida em uma expressão do famoso dito popular "sombra e água fresca". Com isto ele ficava quase que indefeso contra os inimigos ideológicos de sua época, e tinha uma visão medíocre do mal. 

Para não perder a vida fácil, e frente as "correntes intelectuais" revolucionárias da época, o "nho-nhô" preferia ceder em muitos pontos a ter que abandonar a vida fácil, mesmo que por um curto período, para lutar contra os erros.

E neste contexto ocorrem as grandes mudanças Revolucionárias: Revolução Protestante, Revolução Francesa, e no Brasil a Inconfidência Mineira,etc. E como consequência eles vão perdendo cada vez mais suas terras, posses, ideias, e como estão acostumados com a "nho-nhoseira" preferem não opor resistência a essas mudanças. Preferem perder algo de suas propriedades e ideais, que resistir ao invasor que vêm roubá-las.

Marcha da Impiedade

Como dito acima, para não ter que lutar, o novo "nho do engenho" aceita todas essas mudanças revolucionárias (como as modas imorais, nudistas que já caminham para o homossexualismo), aceita o fim da cortesia e do trato respeitoso entre as pessoas; fim da inocência, extermínio do maravilhoso, banalização da sexualidade, e a insegurança generalizada, aceita e compactua com tudo, para não ter de lutar, pois se o fizesse teria de largar - fazendo alusão ao "nho-nhô" atual - do "puff", ou de suas "pantufas de bichinhos". Teria de largar sua Tv de plasma, com dvd, blu-ray, e todo tipo de video-game. Teria de largar o sofá-cama e o comodismo, a vida fácil para sair e lutar pelas suas ideias, posses, pela sua fé.

Atualmente vemos na sociedade atual, e sobretudo aqueles que têm certo contato com o grande publico, que mesmo sendo totalmente contrários aos avanços e ideais Revolucionários, as pessoas se sentem como que obrigadas a seguir a marcha Revolucionária. Frente a isto, resta a nós, Contra-Revolucionários, adquirir e cultivar a virtude da intransigência, ou seja, não importando as circunstâncias, não ceder, permanecer firme, inabalável, aliás tema principal deste blog;

O Espírito Épico


Ter o espírito épico é ser capaz do heroísmo em defesa do maravilhoso. 
Foi-se dado o exemplo do senhor do engenho, pois se bem analisado se aplica muito bem aos dias de hoje. Vivemos em uma sociedade formada quase em sua totalidade por "nho-nho's".

Pessoas que, não importa o que aconteça a sua volta, estão felizes desde que tenham sua Tv, Dvd, Sofá, e coisinhas chulas. E ainda sim, preferem perder uma ou outra posse, ou ceder em um ou outro ponto, que levantar do sofá, largar a Tv, e lutar.

Em uma situação destas, temos o dever de implorar à Santíssima Virgem, fonte de todas as graças e inclusive do Espírito Épico (tema de outro artigo), esse Espírito, que moveu São Miguel Arcanjo a defender Deus Nosso Senhor e precipitar no inferno Satanás e seus Anjos Apóstatas, na maior batalha da história.

Esse Espírito que moveu a Santíssima Virgem a dar seu Sim, e participar do plano salvífico de Nosso Senhor. Esse Espírito que moveu todos os grandes santos, e grandes guerreiros das Cruzadas e da Reconquista. Esse Espírito que deve mover a todos nós na batalha diária em defesa da continuidade do Maravilhoso a que a Santíssima Virgem se entregou, que é a Salvação dos homens. 
Devemos lutar para que a sociedade seja ordenada do modo como deve ser, propiciando a todos os homens a Salvação (A Salvação dos homens cabe à Igreja, mas a sociedade temporal deve propiciar através dos ambientes, costumes, artes, etc.). 

Peçamos a intercessão da Santíssima Virgem, e de São Miguel Arcanjo modelo de Intransigência Inexorável, para que tenhamos o Espírito Épico e possamos mover essa verdadeira epopeia, entendida no sentido do maravilhoso posto em ordem de batalha.



"e possamos mover essa verdadeira epopeia, entendida no
sentido do maravilhoso posto em ordem de batalha."


In Domina
Allysson Vidal Vasconcelos
cruzinabalavel@hotmail.com / allyssonvv@terra.com.br






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