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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

No dia da Renúncia - Considerações sobre o ato de renúncia de Bento XVI

Roberto de Mattei (*)


Em 11 de fevereiro, dia da Festa de Nossa Senhora de Lourdes, o Santo Padre Bento XVI comunicou ao Consistório de cardeais e a todo o mundo sua decisão de renunciar ao Pontificado.

O anúncio foi acolhido pelos cardeais, “quase inteiramente incrédulos”, “com a sensação de perda”, “como um raio em céu sereno”, segundo as palavras dirigidas em seguida ao Papa pelo cardeal decano Angelo Sodano.

Se tão grande foi a perda dos cardeais, pode-se imaginar quão forte tem sido nesses dias a desorientação dos fieis, sobretudo daqueles que sempre viram em Bento XVI um ponto de referência e agora se sentem de algum modo “órfãos”, senão mesmo abandonados, em face das graves dificuldades que enfrenta a Igreja no momento presente.

No entanto, a possibilidade da renúncia de um Papa ao sólio pontifício não é de todo inesperada. O presidente da Conferência Episcopal da Alemanha, Karl Lehmann, e o primaz da Bélgica, Godfried Danneels, haviam apresentado a ideia da “renúncia” de João Paulo II, quando a sua saúde havia se deteriorado.

O cardeal Ratzinger, no seu livro-entrevista Luz do Mundo, de 2010, disse ao jornalista alemão Peter Seewald que se um Papa se dá conta de que não é mais capaz, “fisicamente, psicologicamente e espiritualmente, de cumprir os deveres de seu ofício, então ele tem o direito e, em certas circunstâncias, também a obrigação, de renunciar”.

Ainda em 2010, cinquenta teólogos espanhóis haviam manifestado sua adesão à Carta Aberta do teólogo suíço Hans Küng aos bispos de todo o mundo, com estas palavras: “Acreditamos que o pontificado de Bento XVI pode ter-se exaurido. O Papa não tem a idade nem a mentalidade para responder adequadamente aos graves e urgentes problemas com os quais a Igreja Católica se defronta. Pensamos, portanto, com o devido respeito por sua pessoa, que deve apresentar sua demissão do cargo.”

E quando, entre 2011 e 2012, alguns jornalistas como Giuliano Ferrara e Antonio Socci escreveram sobre a possível renúncia do Papa, esta hipótese havia suscitado entre os leitores mais desaprovação que consenso.

Não existe dúvida sobre o direito de um Papa de renunciar. O novo Código de Direito Canônico prevê a possibilidade de renúncia do Papa no cânon 332, parágrafo segundo, com estas palavras: “Se acontecer que o Romano Pontífice renuncie a seu múnus, para a validade se requer que a renúncia seja livremente feita e devidamente manifestada, mas não que seja aceita por alguém.”

Nos artigos 1 º e 3 º da Constituição Apostólica Universi Dominicis Gregis, de 1996, sobre a vacância da Santa Sé, é prevista ademais a possibilidade de que a vacância da Sé Apostólica seja determinada não só pela morte do Papa, mas também por sua renúncia válida.

Na História não são muitos os episódios documentados de abdicação. O caso mais conhecido continua sendo o de São Celestino V, o monge Pietro da Morrone, que foi eleito na Perugia em 5 de julho de 1294 e coroado em L’Aquila em 29 de agosto seguinte.

Após um reinado de apenas cinco meses, ele julgou oportuno renunciar, por não se sentir à altura do cargo que assumira. Em seguida, preparou a sua abdicação, consultando primeiramente os cardeais e promulgando uma Constituição com a qual confirmava a validade das regras já estabelecidas pelo Papa Gregório X para a realização do próximo Conclave.

Em 13 de dezembro, em Nápoles, pronunciou sua abdicação diante do Colégio dos Cardeais, despojou-se da insígnia papal e das roupas, e tomou o hábito de eremita. Em 24 de dezembro de 1294, por sua vez, foi eleito Papa Benedetto Caetani com o nome de Bonifácio VIII.

Outro caso de renúncia papal – o último registrado até hoje – ocorreu no decurso do Concílio de Constança (1414-1418). Gregório XII (1406-1415), Papa legítimo, a fim de recompor o Grande Cisma do Ocidente (1378-1417), enviou a Constança o seu plenipotenciário Carlo Malatesta, para dar a conhecer sua intenção de retirar-se do ofício papal; as demissões foram oficialmente acolhidas pela assembleia sinodal em 4 de julho de 1415, que ao mesmo tempo depôs o antipapa Bento XIII.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Inquisição espanhola x bicicletas infantis: quem matou mais?

"À luz de sua reputação atormentadora, certamente surpreenderá aqueles que acreditam que milhões de pessoas morreram na Inquisição Espanhola aprender que durante os séculos 16 e 17 menos de três pessoas por ano foram sentenciadas à morte pela Inquisição em todo o Império Espanhol, que ia da Espanha à Sicília e Peru [1]. [...] O que significa que através dos seus infames 345 anos [considerando três breves suspensões], a terrível Inquisição Espanhola foi, numa base anual, cerca de catorze vezes menos letal que bicicletas infantis [2]".



Theodore Beale, The Irrational Atheist, pág. 219 (Kindle):
[1] Henry Kamen, The Spanish Inquisition: A Historical Revision. New Haven: Yale University Press, 1997, pág. 203;
[2] Facts About Injuries To Children Riding Bicycles. Safe Kids Worldwide.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Parte 2 - Homossexualidade animal?

POR LUIZ SÉRGIO SOLIMEO

Em seu esforço para apresentar a homossexualidade como normal, o movimento homossexual1 virou sua atenção para a ciência para provar três maiores premissas:

1. Homossexualidade é genética ou inata;
2. Homossexualidade é irreversível;
3. Na medida em que animais se engajam em comportamento sexual do mesmo sexo, a homossexualidade é natural.

Entusiasticamente sabedora de sua inabilidade em provar a primeira das duas premissas,2 o movimento homossexual firma suas esperanças em uma terceira, a "homossexualidade animal".3

ANIMAIS FAZEM, ASSIM É NATURAL, CORRETO?

O argumento por trás da teoria da "homossexualidade animal" pode ser resumida como se segue:

- Comportamento Homossexual é observável em animais.
- Comportamento animal é determinado pelos seus instintos.
- A natureza requer que animais sigam seus instintos.
- Portanto, a homossexualidade está de acordo com a natureza animal.
- Desde que o homem também é animal, a homossexualidade deve também estar de acordo com a natureza humana.

Essa linha de raciocínio é insustentável. Se aparentemente os atos "homossexuais" entre animais estão de acordo com a natureza animal, então a matança paterna da prole e devora entre espécies estão de acordo com a natureza animal. Induzir o homem ao interior da equação complica as coisas mais adiante. Nós estamos para concluir que o filicídio e o canibalismo estão de acordo com a natureza humana?

Em oposição a essa linha de raciocínio, esse artigo sustenta que:

1. Não há "instinto homossexual" em animais,
2. A ciência é pobre em "ler" motivações humanas e sentimentos no interior do comportamento animal, e
3. Comportamento irracional animal não é parâmetro para determinar o que é comportamento moralmente aceitável para homem racional.

NÃO HÁ "INSTINTO HOMOSSEXUAL" EM ANIMAIS

Qualquer pessoa empregada na mais elementar observação animal é forçada a concluir que "homossexualidade" animal, "filicídio" e "canibalismo" são exceções ao comportamento normal animal. Conseqüentemente, eles não podem ser chamados de instintos animais. Essas observáveis exceções ao comportamento normal animal resultam de fatores além de seus instintos.

• Confrontando estímulo e Instintos Animais Confusos

Para explicar esse comportamento anormal, a primeira observação deve ser o fato que os instintos animais não são restritos pelo determinismo absoluto das leis físicas governando o mundo mineral. Em graus variantes, todos seres viventes podem se adaptar às circunstâncias. Eles respondem a estímulos internos ou externos.

Segundo, cognição animal é puramente sensorial, limitada ao som, odor, tato, gusto e imagem. Assim, aos animais falta a precisão e clareza da percepção intelectual humana.Portanto, os animais freqüentemente confundem uma sensação com outra ou um objeto com outro.

Terceiro, instintos de um animal dirigem-se rumo ao seu fim e estão de acordo com sua natureza. Porém, o impulso espontâneo pode sofrer modificações conforme cumpra seu curso. Outras imagens sensoriais, percepções ou lembranças podem agir como novo estímulo afetando o comportamento animal. De mais a mais, o conflito entre dois ou mais instintos pode algumas vezes modificar o impulso original.

No homem, quando duas reações instintivas se confrontam, o intelecto determina o melhor curso a seguir, e a vontade então retém um instinto sob controle enquanto encoraja o outro. Com animais faltam esse intelecto e vontade, quando dois impulsos instintivos se confrontam, o mais favorecido pelas circunstâncias em prevalência.4

Em tempos, esses estímulos internos ou externos afetando impulsos instintivos de um animal, resultam em casos de "filicídio", "canibalismo" e "homossexualidade animal"

• "Filicídio" e "Canibalismo" Animal

Sarah Hartwell explica que gatos matam sua cria depois de receber "sinais misturados" de seus instintos:

A maioria dos gatos fêmea podem alternar entre o "modo brincar" e o "modo caçar" com vistas a não danificar sua prole. Em gatos isso essa troca por "modo caçar" pode ser incompleta e, quando eles se tornam altamente estimulados pela brincadeira, o instinto de "caça" vem com força e eles podem matar os gatinhos. O instinto de caçar é tão forte, e tão duro para trocá-los quando a presa está presente, que o desmembramento e até comer o gatinho pode se suceder.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Re-postagem - O "homossexualismo animal"

Creio que o leitor já deve ter ouvido algum paspalho pró-homossexualismo falar que o homossexualismo é natural, pois está presente e catalogado em quase todos os animais. Muitos, ao ouvir isto, não sabem como responder. É este o intuito do presente artigo.

Primeiro, ordenemos este "pseudo-argumento":

"Os animais seguem os seus instintos de acordo com a própria natureza; ora, o comportamento homossexual é observável em animais; portanto, a homossexualidade está de acordo com a natureza animal; Como o homem é também animal, a homossexualidade está de acordo com a natureza humana."

Essa linha de raciocínio é insustentável, pois o homem não é um simples animal, e sim um animal racional, de tal forma que a sua animalidade não pode ser separada de sua racionalidade, que nele predomina. No homem não existe instinto puramente animal. Todo instinto do homem- mesmo o mais possante deles, que é o de conservação - pode ser controlado pela inteligência e pela vontade. Por exemplo, no soldado que vai à guerra. Quando alguém se refere a "homossexualismo animal", está de fato aplicando aos animais uma característica exclusiva de seres humanos, da mesma forma como acontece quando dizemos que um animal é corajoso, bondoso, perspicaz.

Explica o Dr. Antônio Pardo:

"Propriamente falando,
a
homossexualidade não
existe entre os animais. 
Os cientistas explicam que algumas formas observáveis e excepcionais do comportamento animal não resultam dos instintos animais, e sim de outros fatores. Como os animais não são dotados de inteligência e vontade, quando dois impulsos instintivos se chocam - por exemplo, os extintos de conservação, domínio, reprodução - prevalece o que é mais favorecido pelas circunstâncias, e isto pode resultar e "filicídio", "canibalismo", e também numa aparente "homossexualidade".

Explica o Dr. Antônio Pardo, professor de Bioética na Universidade de Navarra, Espanha: "Propriamente falando, a homossexualidade não existe entre os animais. Por razões de sobrevivência, o instinto reprodutivo entre os animais é sempre orientado para um indivíduo do sexo oposto. Portanto um animal nunca pode ser propriamente homossexual. A interação com outros instintos, particularmente o de dominação, pode resultar em comportamento que parece ser homossexual, mas não pode ser avaliado como homossexualidade animal. Significa apenas que o comportamento sexual animal abrange também outros aspectos além da reprodução". Em outros termos, como os animais não têm recursos humanos como a entonação da voz e a expressão fisionômica, para transmitir certas expressões de carinho, medo, domínio ou submissão, eles podem se servir de atos derivados do instinto sexual para mostrar isso. Certas tentativas de acasalamento entre machos ou entre fêmeas tem essa significação, escapando do campo propriamente sexual.

"Homem e Mulher Deus os Criou"
Por que devo defender a família
Pe. David Francisquini
Artpress 2011

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Audiovisual - Caravana Cruzada pela Família

A Cruzada pela Família, promovida pelo Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, percorreu cidades do sul do Brasil, no último mês de janeiro, fazendo uma campanha ordeira e pacífica contra as leis de aborto e contra a agenda do movimento homossexual, como o kit homossexual nas escolas, a lei de homofobia, etc. Segue o audiovisual, que resume a caravana.

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