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terça-feira, 26 de novembro de 2013

O Encontro Nacional de Mulheres 2013

Tradução: Blog Cruz Inabalável

Indignante e lamentável. Essas são as palavras com as quais se pode definir o final do Encontro Nacional de Mulheres deste ano. Milhares de pessoas marcharam pelas ruas "San Juaninas" e terminaram em um ato de provocação e agressão na porta da Catedral, em frente à praça 25 de Maio.

Enquanto em uma parte da rua, um grupo de mulheres queimava uma figura do Papa Francisco, outras giravam gritando ao redor de uma fogueira e um número maior buscava o enfrentamento com uma fila de católicos que, unidos em oração, tentavam evitar que as possessas feministas entrassem na Catedral.

A resistência católica era composta por mais de cem homens vindos de diferentes pontos do país que se uniram em um abraço e não permitiram a profanação da Catedral.

Debaixo de gritos como "Os que proíbem o aborto são padres pedófilos!" ou "existem estupradores nesses escalões" as mulheres, muitas com seus dorsos desnudos, empurravam e agrediam aos fiéis católicos. A violência chegou ao ponto de se lançar um jato de spray em um dos jovens que formavam a parede humana. Ao mesmo tempo que se pode notar nos vídeos as agressoras tentando bater e acariciar as partes íntimas dos católicos que evitaram, rezando o Rosário. Segue o vídeo.

Atenção: Tanto o vídeo quanto as fotos disponíveis no site do Diario La Provincia, não tem qualquer tipo de censura, e devem ser assistidos com o máximo de cuidado. As agressões sofridas pelos católicos que tentam defender suas Catedrais da profanação por parte dessas desgraçadas, vão aumentando de intensidade a cada ano. 

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

“Lei da homofobia” (PLC 122) gera fobia no Senado


O PLC 122/2006, mais conhecido como “lei da homofobia”, está uma verdadeira batata quente nas mãos dos membros da Comissão de Direitos Humanos do Senado. Cada vez que é posto em pauta, gera-se uma discussão nacional, a pressão aumenta, e o projeto tem de ser postergado novamente. Foi o que aconteceu na quarta-feira passada, 20/11, como veremos adiante.

Segundo muitos, o projeto, se aprovado, vai gerar uma crise de consciência na Nação. Uma mãe poderá ser presa por discriminação, caso se negar a contratar uma babá para seus filhos, após saber que a candidata é lésbica. Ora essa! A mãe não tem liberdade de escolher o rumo da educação dos seus filhos? É a pergunta que muitos grupos de pressão levantam.

Outros ainda apontam para o risco de uma perseguição religiosa, pois o ensino da doutrina cristã a respeito do homossexualismo ficará restrito só, e somente só, ao interior dos templos. Quem falar alguma coisa de público, ainda que pacificamente, pode pegar até 5 anos de cadeia. Há também os que denunciam que o projeto cria uma casta de privilegiados intocáveis: o movimento homossexual. E torna as crianças vulneráveis à sua propaganda.

O advogado Guilherme Martins, membro do IPCO, 
esteve presente no Senado durante a votação, 
que foi retirada da pauta.
Enfim, seja como for, esses protestos vindos de todo o Brasil já estão gerando “fobia” nos Senadores. Se aprovam o projeto, a opinião pública reage e pode mudar o rumo da próxima eleição. Se não aprovam, as ONGs do movimento homossexual urram, e o governo pressiona.

Um dos principais movimentos que se levantou contra o projeto foi o Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, que criou um sistema de protesto online contra a “lei de homofobia” (PLC 122), chegando a enviar 3.449.345 e-mails vindos de todo o Brasil. O resultado foi protocolado no Senado.

Na última quarta-feira, dia 20/11, um dos membros desse Instituto esteve no Senado e nos relatou como foi a votação do projeto. Logo no início da sessão em que o projeto deveria ser votado, um dos senadores se voltou para o relator, Sen. Paulo Paim (PT-RS), e disse:

- Então, Paim, sai a votação ou não?

- Eh… O assunto polêmico já foi tirado de pauta. Consultei os demais senadores, e saiu um acordão… – respondeu o relator.

Parece que a “lei de homofobia” está gerando fobia nos Senadores… e terão de esperar mais um pouco, esperando a batata esfriar.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Jovens rezam o terço e interrompem cerimônia inter-religiosa na Catedral de Buenos Aires. Papa Francisco lamenta “fanatismo”.

Tradução: Fratres in Unum

Um grupo de jovens católicos argentinos, formado principalmente por fiéis da Fraternidade São Pio X, repetiu o ato ocorrido em 2010 na Catedral de Paris e interrompeu, no último dia 12, uma liturgia inter-religiosa entre católicos e judeus na Catedral Buenos Aires. A cerimônia recordava a Kristallnacht e ocorre há mais de uma década na capital argentina, sendo, até o ano passado, organizada sob o então Cardeal Jorge Mario Bergoglio.

"Quando o padre Fernando Gianetti, guru e executor há quinze anos do projeto que agora chega ao seu cume, dirigia as palavras de início da liturgia comemorativa da Kristallnacht, começou-se a ouvir suave, mas firmemente, o desfiar das contas do Santo Rosário nas vozes de cinquenta jovens situados na parte central da Catedral da Santíssima Trindade.
Dois quase garotos se dirigiram até o presbitério, onde oito líderes religiosos (dois a mais do que no ano passado), estavam de pé, à direita e à esquerda do arcebispo de Buenos Aires, D. Mario Aurelio Poli.
Após fazer uma genuflexão, um deles deles lhe entregou um papel e ambos fizeram que o mesmo chegasse aos demais.

Os gestos de agradável surpresa que ao receber o escrito tomavam as faces, foram se transformando em sorriso nervoso na medida que o sentido da visão informava ao cérebro o conteúdo da missiva.

Nesse instante, uma pessoa subiu ao presbitério e, colocando-se próximo aos microfones, dirigiu a seguinte mensagem: 
“Pedimos a todos, por favor, que tenham em consideração que este é um tempo católico e que este é um ato de profanação que deve ser evitado. Não temos problemas com as recordações históricas que se realizam em locais históricos. No templo santo de Deus, onde vive o Santíssimo, não pode haver uma profanação; e os que conhecem (aqui o microfone foi cortado) as religiões sabem que as profanações ofendem o mundo e a Deus… Diante do Nazareno e diante do Crucificado. Vão [embora] e acabem com esta profanação. Não é possível. Rezem o rosário e honrem a Deus”.

O arcebispo pediu, através do padre Gianetti, que os jovens que estavam rezando o Rosário se retirassem. O que gerou um aplauso, a partir do qual o ruído intenso se instalou dentro da catedral e que durou quase meia hora. Era o ruído das repreensões e diatribes dirigidas aos jovens que rezavam sem revidar.
 Algumas pessoas encostavam nos jovens orantes, alguns para tentar convencê-los a ceder em seu empenho, outros para insultá-los com os mais duros epítetos: loucos, fundamentalistas, reacionários, nazistas.  
Outro chegando à agressão física, como um devoto de quipá que hostilizou longamente pelas costas a um dos sacerdotes que acompanhavam o grupo: 
Mas pareceu particularmente surpreendente o furor demonstrado pelo deputado Eduardo Amadeo, que dizem ser pertencente à Comunidade de Santo Egídio, que realizou atos que podem ser considerados intimidatórios, como tirar repetidas fotografias a poucos centímetros de cada rosto, gritar com uma criança, ao mais caro estilo dos serviços de inteligência: “De que colégio são, de que colégio são?”, ou gritar a alguns adolescentes: “Miseráveis nazistas”. Como é possível que um homem que ocupa tão elevado cargo chegue a esse extremo?
[...] 
Pois é necessário advertir aqui que os convidados, tanto cristãos dissidentes como judeus, caíram sem querer no meio de uma discussão interna da Igreja. Debate tão intenso e agudo que está chegando à configuração de dois “partidos”, com doutrinas e liturgias diferentes, que são cada vez mais estranhos um ao outro. Um é o da Igreja das promessas, e outro é o da “igreja” da publicidade, como as chamou há muitos anos o padre Meinvielle, mestre do atual arcebispo de Buenos Aires. 
Uma acredita, como acreditou invariavelmente desde o início, que o único caminho de salvação é o Batismo; pois o mesmo Mestre o ensinou infalivelmente: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a todos os homens. Quem crer e for batizado será salvo, quem não crer se condenará” (Mt: 16, 15). 
Apesar destas palavras, contra as quais nada há a fazer, e do dogma antes referido, “fora da Igreja não há salvação”, a igreja da publicidade desenvolveu nos fatos a doutrina não escrita das múltiplas vias de salvação. Cada um se salva em sua religião e ainda, por que não, sem crer em Deus. O que é absolutamente condenado pela doutrina católica. 
Os convidados do Arcebispo de Buenos Aires mereciam ser recebidos com respeito e cordialidade; mas o erro consistiu em convidá-los para a realização de uma liturgia acatólica, que de modo algum pode ser celebrada em uma Igreja, a não ser que pertença… à igreja da publicidade. 
É certo que um judeu ortodoxo compreenderia muito bem que um católico não aceite uma liturgia inter-religiosa, pois ele tampouco a aceitaria. Mas a maioria dos convidados do sr. Arcebispo pertenciam ao reformismo judeu, que pensa diferente.
Seria conveniente desculpar-se junto a eles pelo mal pedaço, tentando fazer-lhes compreender que, in extremis, o respeito aos direitos de Deus está acima dos respeitos humanos.
Continuando a nossa crônica, os jovens da Catedral terminaram o Santo Rosário, apesar da pressão ao seu redor, e depois, se retiraram por iniciativa própria, e não pela força policial, como disseram alguns meios. 
Ocorreu inclusive o milagre de que o Pe. Gianetti, pedindo a paz aos presentes desde o ambão da catedral, rezasse algumas Ave Marias no microfone, o que não estava previsto na Liturgia de Comemoração. 
Esta liturgia, já o dissemos, é evidentemente religiosa, com o acréscimo de que nela subjaz a idéia herética de que o holocausto pode ser equiparado ao Sacrifício da Cruz, um para a salvação dos judeus e outro para a dos cristãos; por isso alguns pensadores a chamam de heresia Judaico-Cristã. 
Idéia que se evidencia na análise dos textos empregados, mas que nem todos podem captar. Não nos equivocaríamos demais se pensássemos que a maioria das pessoas que estavam na Catedral não são conscientes desta realidade, que torna totalmente inaceitável essa realização litúrgica no lugar santo. 
Ao retomar a cerimônia, após a oração do Rosário rebelde, o Arcebispo de Buenos Aires disse que a celebração da liturgia “é o que quer o Papa”.
Em declarações divulgadas hoje pelo diário argentino La Nacion, Claudio Epelman, diretor executivo do Congresso Judeu Latino-americano, relatou as palavras do Papa Francisco em encontro do qual participou, ontem, no Vaticano, juntamente com líderes das principais religiões na América Latina. Segundo Epelman, o Papa ”citou o ocorrido na Catedral como um ato de fanatismo. Disse que a agressão não pode ser um ato de fé e que a pregação da intolerância é uma forma de militância que deve ser desterrada”. O líder judeu contou que, após a apresentação de cada um, “o Papa tomou a palavra e se referiu à importância do trabalho inter-religioso e logo ao fundamentalismo religioso, e recordou o episódio da Catedral Metropolitana”. E relatou as seguintes palavras do Papa: “A única coisa com que devemos ser intolerantes é com a cultura do paganismo em termos de modernidade”, e citou o valor que se dá ao dinheiro. Esteve presente também no encontro o Cardeal brasileiro Dom Raymundo Damasceno Assis.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

O Brasil nos passos da China: Governo decide monitorar sites que não se alinham com suas posições – Reaja agora!

O título acima poderá ser verdadeiro se os deputados aprovarem o “Marco Civil da Internet”
Leia as informações abaixo e mande seu protesto fácil e rápido à Câmara dos Deputados

Apesar de todos os males causados por meio da internet, uma coisa é positiva: através dela têm-se reunido os que se preocupam com o rumo que vão tomando os acontecimentos no Brasil. Grupos ou indivíduos que defendem a família, que lutam contra o aborto e contra a crescente onda de totalitarismo e controle estatal abusivo, estão ameaçados de perder gradualmente seu ponto de encontro habitual. Falo do chamado “Marco Civil da Internet”, promovido a toque de caixa pelo governo federal, através de seu Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo e de sua bancada de parlamentares. Está tramitando agora na Câmara dos Deputados.

Como diz esclarecedor artigo do Pe. Lodi, “o Projeto de Lei 2126/2011, enviado à Câmara pela Presidente da República, pretende ser um "marco" na Internet. Não um marco penal, definindo crimes e penas. Por enquanto, apenas um marco "civil", estabelecendo "princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da Internet no Brasil". No futuro, o governo pretende criar o "marco penal".(...) A aprovação do Marco Civil pode ser um passo importante para que a Internet, seu conteúdo e seus usuários fiquem controlados pelo governo petista.”

Muitos ainda se recordam do que aconteceu às vésperas da eleição de 2010. As esquerdas já comemoravam uma vitória certa da então candidata Dilma Rousseff no primeiro turno, o que não se deu devido ao temor de uma aprovação do aborto na gestão da candidata petista. Sua campanha eleitoral precisou, após o primeiro turno, acalmar as reações pró-vida para alcançar o êxito no segundo turno. E tudo se deveu, segundo a própria candidata do PT, "ao submundo da política", que através da internet espalhava "boatos" de que a candidata tinha posição favorável ao aborto. (29/09/10)¹

Será esse “submundo” que o governo agora deseja eliminar, para evitar futuras reações surgidas em virtude do seu frágil “calcanhar de Aquiles”, a internet? Por aí se entende a necessidade de criar-se uma “Bota de Ferro” que regule a internet para proteger de suas vulnerabilidades...

Veja os pontos abaixo, que constam do projeto:

Art 2º “A disciplina do uso da Internet no Brasil tem como fundamentos:
I – o reconhecimento da escala mundial da rede; [enigmático!]
II – os direitos humanos e o exercício da cidadania em meios digitais; [como sabemos, ‘direitos humanos’ no linguajar esquerdista quer dizer ‘aborto, lei da homofobia, mordaça aos cristãos nos temas que interessem ao governo, etc. Tudo isso está bem explícito no Programa Nacional de Direitos Humanos – 3, decretado pelo Presidente Lula e pela então ministra da Casa Civil...]
III – a pluralidade e a diversidade. [mais uma vez esses vocábulos, no linguajar das esquerdas, referem-se à defesa da agenda homossexual.]

Proteste aqui, clicando para mandar já um e-mail aos DEPUTADOS pedindo que não caiam na armadilha do governo de controlar e amordaçar toda reação à onda crescente de imoralidade e totalitarismo.

É interessante notar o que diz o editorial do jornal americanoFinancial Times(11/11/13)² sobre o dito “Marco Civil da Internet” brasileiro: “(...)E também faria mal à liberdade da Internet mundial. O mundo está dividido entre os países, liderados pelos Estados Unidos, que defendem uma Internet livre, e aqueles --como China, Rússia e Irã-- que mantêm intranets nacionais a fim de ajudar a garantir o controle político.”

Não estará montada uma estratégia do atual governo para gradualmente impedir a ação dos grupos que denunciam, dentro da lei, as medidas totalitárias e contrárias à família?

Brasileiro, cuidado! Brasileiro, atenção!

Em menos de dois minutos, sua mensagem estará enviada. Faça já sua parte, clicando aqui.

P.S.: Para ter uma noção mais abrangente dos perigos do “Marco Civil da Internet”, sugerimos a leitura do artigo do Pe. Lodi da Cruz, em: http://naomatar.blogspot.com.br/2012/12/o-perigo-do-marco-civil.html

Notas:
¹ Cfr. Senado notícias, dia 30/09/2010.
² Tradução publicada na Folha Online, dia 12/11 p.p.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

O V Centenário do Descobrimento da América 1992 - Desfile da Fidelidade



Bráulio de Aragão

Nuvens esparsas acumula­vam-se nos céus da capi­tal paulista, naquela tar­de de sexta-feira, 3 de janeiro. Na fisionomia dos transeuntes, notava-se certo imponderável de expectativa e insegu­rança.

— "Será que vai chover?" pergunta­vam-se muitos, preocupados com as trombas d'água que costumam cair de modo repentino em São Paulo, nos me­ses de verão.

Se o clima físico denotava incerteza, o psicológico não ficava atrás. Há pou­co se transpusera os umbrais do novo ano, e já 1992 surgia carregado de apreen­sões. "Um túnel nos es­pera no final dessa luz", diziam ironicamente os mais pessimistas...

É verdade que a movimentação nas lo­jas era intensa, e que a atmosfera de preocu­pações se diluía um tanto por efeito da bo­nomia habitual dos brasileiros. Por outro lado, como a insegu­rança e a incerteza au­mentam a cada dia num país marcado por crises morais, políticas e econômicas de todo gênero, nosso povo pa­rece ter conseguido a insólita combinação de uma sossegada inse­gurança com uma in­certa tranqüilidade.

Naquele dia, no centro velho de São Paulo, nada fazia crer que alguma novida­de alvissareira viesse alterar o ritmo de vida de uma megalópole moderna.

Apenas uma concentração invulgar de pessoas começava a se formar num ponto importante da cidade. O que será?

No Pátio do Colégio

De todos os lados, homens e mu­lheres, jovens e adultos, afluíam para o Pátio do Colégio, o berço de São Paulo. Sem vozes de comando, como Anjos, por encanto, uma colossal e pacífica manifestação em pouco tempo tomou conta daquela área privilegiada, rica de significado histórico.

Num instante, o cinza da atmosfera poluída cedeu lugar ao rubro de cen­tenas de capas. Ao vento, flutuaram então dezenas de estandartes com o lema Tradição, Família, Proprieda­de, semelhantes aos que já tremula­ram junto à Casa Branca, em Was­hington, e na Praça Vermelha, em Mos­cou, perto do Kremlin, antes mesmo do arriamento definitivo do sombrio pen­dão comunista.

Toques de trompetes, logo seguidos pelo rufar de tambores e bumbos, ecoa­ram pelas extensas galerias de edifícios, atraindo a atenção de todos. Uma parte da cidade parou. As janelas dos escritó­rios e repartições públicas ficaram api­nhadas de gente. Nas ruas, uma multi­dão de curiosos se aglomerou, parecen­do esquecer as incertezas e as preocupações. Até o céu se abriu, e um raio de luz iluminou as fisionomias. Naquele momento, iniciava-se o monu­mental desfile da TFP comemorativo do V Centenário do Descobrimento da América.

"Meu Deus, será que voltamos à Idade Média ?!", exclamava uma senhora ao ver e ouvir a Fanfarra dos Santos, da TFP, cujos componentes trajavam seu uniforme de gala: túnica branca e escapulário marrom, no qual de alto a baixo se destaca uma cruz em forma de espada, a conhecida Cruz de Santiago.

Se os símbolos evocavam o passado, aquele desfile no en­tanto rumava para o futuro. Prova disso é a juventude da maior parte de seus inte­grantes, demonstran­do assim a capacida­de de expansão dos ideais da Civilização Cristã. De fato, ali se concentraram delega­ções de cento e onze cidades da Federação brasileira, e os carta­zes assinalavam a pre­sença de repre­sentantes de dezesseis países das Américas, da Europa, Ásia, Áfri­ca e Austrália.

Sob o Viaduto do Chá

Lentamente, com a solenidade ade­quada às grandes ocasiões, o enorme cortejo partiu, atingiu o Vale do Anhan­gabaú e causou viva impressão aos cir­cunstantes que o observavam de cima, postados ao longo do Viaduto do Chá. Muitos o aplaudiram. Outros, indife­rentes, passavam como se nada vissem. Nem os mais enragés dentre os esquer­distas ousaram vaiá-lo.

"Quem são eles?", indagou uma menina à sua mãe. "Devem ser da TFP, pois só ela é capaz de fazer manifestações assim tão belas!", foi a resposta.

"Viva Fidel Castro!," gritava frene­ticamente um isolado militante petis­ta, que pelo jeito parece ter perdido o trem da História.

Na passarela sob o Viaduto, ouvia-se um grupo de rapazes comentarem admirados a grande formação em far­pa executada pelos jovens da TFP. "Incrível como ainda existe gente conservadora!", aclamava um deles, maravilhado com a beleza policromá­tica da cena.

"Eu não quero só o folheto", dizia outro, dirigindo-se a um Correspon­dente da TFP que distribuía material de propaganda: "vocês não me conse­guiriam também uma capa com o leão dourado?"

Sob o Viaduto do Chá

Na Praça Ramos de Aze­vedo, nas escadarias do Tea­tro Municipal, o desfile fez uma pausa e como por en­canto se converteu nova­mente numa imponente con­centração, na qual a bandei­ra nacional, tendo a seu lado um grande estandarte da TFP, de 9 metros de altura, ocupava o lugar central.

Cânticos, brados e slo­gans reboaram pelos ares. Um deles dizia: "O Desco­brimento da América foi ocasião de alegria e gló­ria para a Igreja e a Cristandade; homena­gem das TFPs america­nas aos Papas, aos Mo­narcas, aos Descobrido­res e aos Missionários propulsores do esforço evangelizador e civiliza­dor".

Ecoou então o inconfun­dível acorde inicial do Hino Nacional, executado pela Fanfarra dos Santos Anjos e ouvido numa po­sição de respeito.

Um discurso histórico

O encerramento do desfile deu-se na Praça da República, com um vibrante discurso pronunciado pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, de elogio à epopéia dos Descobrimentos e à ação evangeli­zadora da Igreja nas Américas.


Ao se referir à força da Tradição, suas ardorosas palavras alcançaram grande ressonância nos presentes, acendendo nos corações o fogo sagrado da fideli­dade aos valores perenes da Civilização Cristã. Por isso, bem se poderia dizer que aquele magno evento teve por nome: Desfile da Fidelidade.

Tal era ali a identidade de princípios e sentimentos com o passado católico que, do fundo dos séculos, pareciam soprar uma vez mais os ventos de he­roísmo e dedicação à Santa Igreja que outrora enfunaram as velas das naus de Colombo e de Cabral. Ventos da Histó­ria que continuam a soprar e a impelir rumo ao terceiro milênio os estandartes da Tradição, Família e Propriedade!

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Isso não é tolerância: Mulher ataca campanha pacífica pelo Casamento Verdadeiro


Vídeo - O que os americanos realmente pensam sobre o casamento homossexual?


Arqueólogos reconhecem: “Pedro está aqui”. A emocionante descoberta dos ossos de São Pedro no Vaticano – III

Continuação do post anterior



Raio de sol bate no Altar da Confissão onde 
estão os ossos de São Pedro, basílica do Vaticano
Em 1950 foi divulgada a grande notícia: o túmulo de São Pedro fora descoberto. O próprio Papa Pio XII fez o anúncio, associando-o ao Ano Santo.

Mas explicava-se que, segundo o modo como os ossos foram encontrados, não se podia concluir se eles seriam ou não do Apóstolo.

Ao par do grande júbilo, houve muitos protestos dos meios científicos, que solicitavam, um exame rigoroso de todos os ossos, descobertos na pequena abertura em forma de Λ na parede do túmulo de São Pedro, por algum grande especialista.

Afinal em 1956, Pio XII concordou, e foi nomeado o Dr. Venerando Correnti, um dos maiores antropólogos da Europa.

O trabalho foi lento e difícil, pois faltavam vários ossos importantes. A conclusão, em 1960, constituiu uma sensacional decepção: tratava-se de ossos de três pessoas – dois homens de meia idade e uma mulher idosa.

E junto, encontravam-se vários ossos de animais. Todos antiquíssimos, talvez do século I.

Para os arqueólogos, a situação se explicava: como as leis romanas proibiam a remoção de ossos de uma sepultura, esses haviam sido encontrados e amontoados no pequeno buraco ao pé do nicho.

Raio de luz natural ilumina a urna com 
os ossos de São Pedro, Vaticano
Apenas para completar os estudos, o dr. Correnti verificou rapidamente os demais ossos das tumbas próximas.
Ao analisar os ossos encontrados na cavidade revestida de mármore, da parede dos grafitos, chamou-lhe a atenção o estado de conservação, estando a maioria bem branca.

Dada sua grande antiguidade decidiu estudá-los melhor. Eram 135 ossos sendo que poucos estavam inteiros. Constatou que provinham de um só indivíduo, do sexo masculino, de físico robusto e falecido entre os 60 e 70 anos.

Antes de estar na cavidade marmórea eles estiveram enterrados na terra nua, mas depois, durante muito tempo, permaneceram bem protegidos e envoltos por tecidos purpúreos, que mancharam um pouco alguns.

Ao tomar conhecimento dessas conclusões, a dra. Guarducci ficou sobressaltada. Ela revelou que a expressão grega “Πέτροσ ἔνι” ecoava continuamente em sua cabeça.

Seriam essas as relíquias de São Pedro?

Não é a única explicação possível para o “Pedro está aqui”? E para a misteriosa cavidade?

Todos os dados confluíam para essa teoria. A razão do esconderijo seria evitar profanações.

O dr. Correnti logo apoiou a tese da dra. Guarducci, e ambos obtiveram de Paulo VI, que havia sido eleito recentemente, permissão para reabrir as pesquisas.

O teste crucial foi o dos fragmentos de terra existentes nos ossos. Sua composição química revelaria se era a mesma terra que se encontra no piso do túmulo vazio de São Pedro.

Uma circunstância tornava esse teste particularmente importante: a terra do túmulo é de tipo calcária argilosa, bem diferente da que se observa em toda a região vizinha, inclusive dos túmulos próximos.

O nome de São Pedro inscrito numa pedra recuperada nas excavações
Conclusão do exame: a terra é a mesma do túmulo de São Pedro.

O tecido purpúreo foi examinado. Seria púrpura autêntica? E seria romana?

Só os membros da alta nobreza romana podiam usar a púrpura verdadeira, cuja fabricação era um rigoroso segredo de Estado. Os demais ricos usavam, uma imitação.

Hoje a composição química de ambos os tipos é conhecida. Outra particularidade: a púrpura com fios de ouro era de uso exclusivo da família imperial em raras ocasiões.

Resultado do exame: era púrpura romana verdadeira, decorada com finíssimas placas de ouro. E os fios que estavam junto aos ossos eram fios de ouro.

Este foi um argumento essencial a favor da teoria da dra. Guarducci, pois como a cavidade marmórea foi considerada como já existente na época constantiniana, ficava claro que o Imperador autorizara envolver as preciosas relíquias na púrpura imperial.

Antes de publicar novos estudos, cinco renomados especialistas independentes verificaram tudo o que havia sido feito e deram-se por satisfeitos.

Mas, quando foi dada a público a nova teoria, levantou-se um grande vozerio em certos meios científicos.

Este era explicável, pois, para preservar o bom nome dos arqueólogos e de Mons. Kaas, a dra. Guarducci procurou cobrir com um manto o incrível episódio do eclesiástico ao recolher os ossos sem avisar aos membros da equipe.

Também impugnou-se o exame do tecido, exigindo-se algo mais rigoroso. E, sobretudo, argumentava-se que não havia nenhuma prova que demonstrasse não ter sido violado o repositório marmóreo.

Vista da cripta com os ossos de São Pedro numa urna
Assim nova série de pesquisas foi iniciada. O exame mais rigoroso dos tecidos feito na Universidade de Roma, confirmou os resultados anteriores.

E Paulo VI autorizou a se abrir o repositório, para confirmar se ele datava da época de Constantino e se não fora violado. A dúvida surgiu porque fora encontrada uma moeda do início da Idade Média no local.

Uma equipe desmontou a parte de baixo da parede azul dos grafitos, a fim de penetrar no repositório sem tocar nas paredes e no teto.

Tudo foi examinado minuciosamente, e a conclusão foi que ele fora fechado no século IV, e jamais fora aberto.

Várias moedas foram ali encontradas, tendo penetrado através de fissuras da parede causadas por acomodação do terreno.

Para silenciar definitivamente as críticas novo trabalho foi publicado, relatando as circunstâncias exatas do episódio de Mons. Kaas, acompanhado de documento juramentado do “sampietrini” Segoni.

E a dra. Guarducci rebateu convincentemente a última crítica que ainda pairava: como explicar a remoção dos ossos da sepultura, mesmo por motivos de segurança, uma vez que os costumes romanos não o permitiam?

Na realidade os ossos não foram removidos da sepultura, pois a parede azul é parte integrante dela.

Após algum tempo, certificando-se de que a crítica nada mais de ponderável podia apresentar, e vendo que os novos exames reforçaram singularmente a teoria da dra. Guarducci, Paulo VI, a 26 de junho de 1968, anunciou solenemente ao mundo que, após longos e extensos estudos “as relíquias de São Pedro foram identificadas de um modo que julgamos convincente”.

E, por isso, ele fazia “este feliz anúncio” aos fiéis de todo o mundo.

No dia seguinte, em cerimônia presidida por Paulo VI, as relíquias de São Pedro, guardadas em caixas com tampos transparentes, foram recolocadas no repositório onde haviam sido encontradas.

Confirmando a tradição católica, sobre as relíquias de São Pedro fora edificada a grande Basílica de Constantino, considerada o centro da Cristandade.

E sobre tal Basílica, mil anos depois, ergueu-se a atual Basílica de São Pedro.

Cumpriu-se assim, até de modo físico, a promessa de Nosso Senhor Jesus Cristo a São Pedro: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja”.

(Autor: Juan Miguel Montes, “Catolicismo”)
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