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sábado, 3 de agosto de 2013

Oração, Ação, Penitência

Legionário, 14 de janeiro de 1945
7 Dias em revista
Plinio Corrêa de Oliveira

De todos os meios a nosso alcance, nenhum é tão eficaz quando a oração. Se soubéssemos verdadeiramente rezar, se tivéssemos a confiança e a humildade que tornam grata a Deus a oração do homem, seríamos onipotentes. A oração confiante e perseverante do justo, tudo alcança. E a História da Igreja é sobretudo a narração dos triunfos que ela alcançou pela oração dos fiéis.

Deus nos livre qualquer forma de inércia. Isto não quer dizer que não devemos agir. Pelo contrário, nossa obrigação é de nos esforçarmos como se tudo dependesse só de nós. Mas, mais importante do que isto, é rezarmos e confiarmos sabendo que tudo depende de Deus.

E nem mesmo basta apenas a oração. Precisamos penitência, e a penitência cristã é como um vasto tesouro, para cuja formação todos devem contribuir. Com efeito, Nosso Senhor não quer apenas as penitências valiosíssimas das almas contemplativas e expiatórias, recolhidas ao silêncio e à clausura perpétua das Trapas, dos Carmelos ou das Cartuxas. Nosso Senhor nem sequer Se contentou com os méritos infinitamente preciosos de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele quis que contribuíssemos com nossas expiações pessoais, com nossas penitências individuais, sofridas em união com Cristo, para enriquecer o tesouro da Santa Igreja. Não nos basta agir e rezar. Precisamos sofrer. Sofrer de bom grado as provações que Nosso Senhor manda ou permite. E procurar generosa e voluntariamente outros sofrimentos, para os oferecer a Deus.

O mistério dessa expiação é magnífico e insondável. O escárnio que o Congregado Mariano afronta varonilmente para afirmar a castidade de sua vida, pode ser utilizado por Nosso Senhor para a salvação de inúmeras almas na China ou no Luxemburgo. O sacrifício que a Jocista, a lecista, a Filha de Maria faz, vestindo-se com recato cristão quando suas amigas ou companheiras de trabalho só reconhecem como elegante a jovem que use trajes pagãos, pode fazer recuar em Budapeste os exércitos russos, ou salvar em plena Berlim algumas almas que periclitam à vista da propaganda neo-pagã. Uma dama de caridade, um vicentino, abandona um instante de lazer para levar a um pobre da Barra Funda ou do Belenzinho um remédio: seu sacrifício está sendo utilizado por Nosso Senhor para poupar a alguma esposa extremosa a perda de seu marido, ou para suavizar com mais abundante consolação a dor de algum coração materno golpeado pelo luto. O bem que fazemos e vemos é grande, graças a Deus. Maior, porém, e mais meritório, é o bem que fazemos e não vemos.

É preciso que tudo isto se lembre e se afirme;

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