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sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

A Vocação


A Vocação 

Iniciando a série de artigos, sobre temas diversos, dentro da Doutrina Católica, escolho como tema inicial, algo fundamental a cada batizado, e que infelizmente para a maioria dos fiéis é algo desconhecido, ou pouco falado: A Vocação. 

Afinal, o que é Vocação? O que você entende por Vocação? 
A palavra “Vocação”, vem do latim “vocare” e quer dizer “chamado”. Cada fiel batizado, é chamado por Nosso Senhor a uma Vocação comum: a Santidade. A Santidade baseia-se em cumprir os Mandamentos e Propósitos de Deus em nossas vidas, e para ilustrar um pouco mais, coloco uma frase que traduz isto: “Querer e buscar ser Santo, já é ser Santo!” 

Desta Vocação comum (à ser Santo), que além de comum, é denominada “fundamental”, derivam todas as outras, que nada mais são que meios para se atingir, a Santidade. Esta é uma análise superficial da Vocação, e dentro deste tema digamos, extenso,podemos aprofundar mais um pouco. 

Para compreender melhor esta Iniciativa Divina (o chamar), temos de ter claro a distinção entre: Vocação Fundamental (ou comum) e a Vocação Específica. 

A Vocação Fundamental baseia-se no chamado comum a todo batizado, o chamado a ser cristão, a ser Igreja, a buscar a Santidade, e atingi-la através da Vocação Específica de cada um. 

A Vocação Específica, como dito acima, é o meio pelo qual Nosso Senhor nos chama a atingirmos a Santidade. Reiterando o que foi dito: “A vocação, nada mais é do que o meio dado a nós por Nosso Senhor, para atingirmos a Santidade”.
Por muitos Séculos, predominou um pensamento na Igreja de que apenas, e unicamente os chamados ao Sacerdócio, e a Vida Religiosa se salvariam. O Concílio Vaticano II nos diz que: 

“Por vocação própria, compete aos leigos procurar o Reino de Deus tratando das realidades temporais e ordenando-as segundo Deus. Vivem no mundo, isto é, em toda e qualquer ocupação e atividade terrena, e nas condições ordinárias da vida familiar e social, com as quais é como que tecida a sua existência. São chamados por Deus para que, aí, exercendo o seu próprio ofício, guiados pelo espírito evangélico, concorram para a santificação do mundo a partir de dentro, como o fermento, e deste modo manifestem Cristo aos outros, antes de mais pelo testemunho da própria vida, pela irradiação da sua fé, esperança e caridade. Portanto, a eles compete especialmente, iluminar e ordenar de tal modo as realidades temporais, a que estão estreitamente ligados, que elas sejam sempre feitas segundo Cristo e progridam e glorifiquem o Criador e Redentor.”(LG 31 )


Pois bem, enumero abaixo as ramificações da Vocação Específica: 

Leigos - Estes ocupam um local central na Igreja. Os Cristãos leigos são chamados, de maneira especial, a ser Sal da Terra e Luz do Mundo (Mt5,13-16).

De estar no mundo, e dentro dele fazer a diferença, segundo sua realidade. Muitas vezes o “Evangelizar” não está propriamente nas palavras, mas sim nos atos, gestos, ações, estas que ao serem atos, gestos, ações virtuosas denunciam e “incomodam” aquelas que estão fora da Virtude. “A Luz é um grande incômodo para as Trevas”, assim como o homem virtuoso, é para o desvirtuado.” “O ato virtuoso denuncia e envergonha o ato desvirtuado”.
O Cristão leigo é chamado, dentro de sua realidade própria a ser esta diferença, este tempero, esta luz no meio das trevas do mundo. Atualmente, e como católicos, são chamados a Defender a Fé e a Santa Igreja, frente ao silêncio vergonhoso de muitos clérigos.


Vocação Matrimonial: Os Vocacionados ao Matrimônio são convidados a unir-se e tornar-se uma só carne. "Por isso o homem deixa o seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne" (Gn 2, 24). A doar-se inteiramente um, ao outro e dentro desta união gerar a Vida, ou seja os filhos, formando assim uma Família completa, a Igreja Doméstica. 

“Desta união origina-se a família, na qual nascem novos cidadãos da sociedade humana os quais, para perpetuar o Povo de Deus através dos tempos, se tornam filhos de Deus pela graça do Espírito Santo, no Batismo Na família, como numa igreja doméstica, devem os pais, pela palavra e pelo exemplo, ser para os filhos os primeiros arautos da fé e favorecer a vocação própria de cada um, especialmente a vocação sagrada.


Vocação Sacerdotal:
Os Vocacionados ao Sacerdócio,
 são convidados a doar-se inteiramente ao serviço de Deus, e sua Igreja. Assim como Nosso Senhor, são convidados a dar a própria vida, para que os outros a tenham em sua plenitude (Mt 20,28). A participar, de modo especial e intenso, sem reservas do Eterno e Sumo Sacerdócio de Cristo (cfr. Act. 2,36; Hebr. 5,6; 7, 17-21) A abandonar pai, mãe, irmãos, amigos, família para seguir a Nosso Senhor. Aquele que é "tirado do meio dos homens, e constituído em seu favor”. O Sacerdote, é o meio pelo qual Cristo se faz presente no meio de nós, através da Eucaristia. Representante de Nosso Senhor, ele na Pessoa do Cristo perdoa nossos pecados, administra os Sacramentos, reencaminha as ovelhas que se perdem. 

O Santo Padre diz: “Eu mesmo guardo ainda, no coração, a recordação do primeiro pároco junto de quem exerci o meu ministério de jovem sacerdote: deixou-me o exemplo de uma dedicação sem reservas ao próprio serviço sacerdotal, a ponto de encontrar a morte durante o próprio ato de levar a santa comunhão a um doente grave. Depois, revejo na memória os inumeráveis irmãos que encontrei e encontro, inclusive durante as minhas viagens pastorais às diversas nações, generosamente empenhados no exercício diário de seu ministério sacerdotal”. (Carta de S.S Bento XVI aos Sacerdotes por ocasião do Ano Sacerdotal) 

Vocação Religiosa: Os Vocacionados a Vida Religiosa, são convidados a atingir a Santidade através de uma, especial, consagração. Todos na Santa Igreja são consagrados através dos Sacramentos do Batismo e da Confirmação. As pessoas consagradas assumem um compromisso, que embora não seja sacramental, tem de assumir, a viver segundo a Castidade, Pobreza, e Obediência assim como o próprio Cristo viveu, e propôs a seus apóstolos. 

“As pessoas consagradas são chamadas de maneira particular a serem testemunhas desta misericórdia do Senhor, na qual o homem encontra a sua salvação. Eles mantêm vivo a experiência do perdão de Deus, porque têm a consciência de serem pessoas salvas, de serem grandes quando se consideram pequenos, de se sentirem renovadas e envolvidas pela santidade de Deus quando reconhecem o próprio pecado. Por isto, também para o homem de hoje, a vida consagrada permanece uma escola privilegiada da "compunção do coração", do reconhecimento humilde da própria miséria, mas permanece uma escola de confiança na misericórdia de Deus, em seu amor que nunca abandona. Na realidade, quanto mais nos aproximamos de Deus, ficamos mais perto Dele e nos tornamos mais úteis aos outros. As pessoas consagradas experimentam a graça, a misericórdia e o perdão de Deus não somente para si, mas também pelos irmãos, sendo chamados a levar no coração e na oração as angústias e as expectativas dos homens, sobretudo daqueles que estão longe de Deus. Em particular, as comunidades que vivem na clausura, com o seu específico compromisso de fidelidade no "estar com o Senhor", no "estar sob a cruz", realizando frequentemente esta função vicária, unida a Cristo pela Paixão, tomando sobre si os sofrimentos e as provas dos outros e oferecendo tudo com alegria para a salvação do mundo.” (Homília de Bento XVI na Festa da Apresentação do Senhor) 

Pois bem, espero ter sanado as dúvidas a respeito deste assunto, e esclarecido este tema que muitas vezes é deixado de lado. Convido a todos que têm alguma dúvida ou inquietação sobre sua própria Vocação, entrem em contato comigo pelo email abaixo, que buscarei ajudar no possível. 

In Corde Iesu et Mariae 

Voc. Allysson V. Vasconcelos 
Email: allyssonvv@terra.com.br / cruzinabalavel@hotmail.com
 

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