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quinta-feira, 19 de junho de 2014

O Santíssimo Sacramento da Eucaristia e a solenidade de Corpus Christi em Orvieto

Paulo Roberto Campos

Excertos da matéria publicada na Revista Catolicismo, Nº 762 (junho/2014)

EUCARISTIA: A MAIOR MANIFESTAÇÃO DO AMOR DIVINO


Conforme Santo Tomás de Aquino, “todos os sacramentos estão ordenados para a Eucaristia como para o seu fim”. O Doutor Angélico ainda afirmou que a dádiva do Divino Sacramento é “uma graça de heroísmo na luta, e que seu efeito próprio é não só o de amortecer em nós o fogo das paixões, como o de tornar-nos invencíveis contra todas as potências infernais”. Ele defendeu a tese de ser o Santíssimo Sacramento o maior dos milagres operados por Nosso Senhor Jesus Cristo, o sacramento por excelência, a maravilha das maravilhas, o “Maximum miraculum Christi”.
Nesse mesmo sentido, Santo Agostinho, de modo muito inspirado, assim se manifestou sobre esse milagre divino: “Que Deus, como ser infinitamente sábio e infinitamente poderoso, não poderia e nem saberia dar-nos mais precioso mimo do que o da Eucaristia; visto que, neste dom, se nos dava a Si mesmo”.
Impossível maior manifestação de amor de Deus pelos homens, segundo o Apóstolo São João.“Tendo Jesus amado aos seus, que estavam no mundo, amou-os até ao extremo” (Jo 13,1).

“PANIS ANGELORUM” — O SOBRENATURAL ALIMENTO PARA NOSSAS ALMAS

Não seria, portanto, ingratidão para com Nosso Senhor Jesus Cristo desprezar essa tão excelsa manifestação do amor divino, se recusássemos esse “alimento espiritual” que Ele misericordiosamente nos concedeu? Claro que sim. Ademais, seria desprezar uma graça que aumenta nossa união com Deus, que nos propicia uma prelibação da visão beatifica; uma dádiva que nutre nossas almas, fortifica nossas virtudes, conserva e aumenta em nós a vida da graça (a vida sobrenatural); que nos dá forças para vencer as tentações, dominando nossas paixões desordenadas; além de apagar os pecados veniais, nossas faltas leves.
Segundo definição do Concílio de Trento (1545 – 1563), a Eucaristia é “um antídoto que nos purifica das faltas que cometemos todos os dias e nos preserva de quedas mortais”.
A INSTITUIÇÃO DA EUCARISTIA NA SANTA CEIA COM OS APÓSTOLOS
Nosso Senhor, em sua extrema manifestação do divino amor para com seus filhos neste mundo, nas vésperas de sua Crucifixão, Ressurreição e subida ao Céu, instituiu o sacramento eucarístico na Santa Ceia, a última com os Apóstolos, para não nos abandonar nunca, permanecendo na Terra até fisicamente presente no sacrário. Não apenas de modo simbólico, mas verdadeiramente presente sob as aparências das Sagradas Espécies consagradas (o pão e o vinho). Assim, habitando sempre entre nós — para ouvir nossas súplicas e atendê-las quando necessárias para nossa salvação eterna — cumpriu-se esta promessa divina: “Eu estarei convosco até a consumação dos séculos” (Mt 28,20).
Testemunharam-no os Apóstolos e registraram os Evangelhos: “Enquanto ceavam, Jesus tomou o pão, e o benzeu, e o partiu, e deu-o a seus discípulos, e disse: Tomai e comei; isto é o meu corpo. E, tomando o cálice, deu graças e deu-lho dizendo: Bebei dele todos. Porque isto é meu sangue (que será o selo) do novo testamento, o qual será derramado por muitos para a remissão dos pecados” (Mt 26, 26-28).
“Sacerdos alter Christus” (O sacerdote é um outro Cristo). Como ensina a Santa Igreja, na parte mais importante da Missa, que é a Consagração — pelo poder conferido por Nosso Senhor aos Apóstolos ao ordenar “Fazei isso em memória de mim” (Lc 22,19) —, a substância do pão de trigo e do vinho de uva converte-se em seu corpo e alma substancialmente, e em estado glorioso, impassível, intangível e invisível. O sacerdote na Missa — que é a renovação incruenta do sacrifício do Calvário — pronunciando as palavras sacramentais durante a Consagração, “agit in persona Christi” (atua na pessoa de Cristo). O sacerdote não diz “Tomai e comei, isto é o corpo de Cristo”, mas, sim, “Tomai e comei, isto é o meu corpo” — neste momento dá-se a “transubstanciação”, como muito apropriadamente denomina a Igreja.
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