NOTA DE PESAR SOBRE OS ACONTECIMENTOS NA ARQUIDIOCESE DE CUIABÁ.
O BISPO É PAI… Em Deus-Pai, também eu – Milton Santos – Arcebispo de Cuiabá, por causa da graça de Deus e sua misericórdia fui recebendo paulatinamente “um coração de pai…”: tudo foi acontecendo como os passos inseguros de uma criança. Assim, foi pelo meu Batismo e Confirmação; senti-me mais fortalecido pelos sacramentos da Reconciliação e da Eucaristia. O “coração de pai…” sentia que realmente começava a gerar vida pela ordenação sacerdotal! Quando, um dia o Beato Papa João Paulo me nomeou Bispo de Corumbá, e, dois anos e oito meses depois me transferiu para a Arquidiocese de Cuiabá.
Preciso permitir ao Espírito Santo que no dia-a-dia a sua ação me faça sempre mais parecido com Deus-Abbá, principalmente, com os Sacerdotes, os filhos queridos do Coração Imaculado de Maria, a Mãe dos Sacerdotes. Jesus, Sumo Sacerdote, nos mostrou de maneira palpável o coração de Deus-Pai: “Pai-nosso, que estais nos céus…”
Somos também uma Família: a Arquidiocese de Cuiabá! É uma riqueza nesta Família os irmãos diferentes uns dos outros: a proveniência, a idade, a cultura, a espiritualidade, o temperamento… Mas, o caminho é, às vezes, penoso, desgastante para viver o espírito de comunhão, o que “requer aprendizagem com regras precisas, tempos longos, etapas definidas; exige uma estratégia educativa, com seu ritmos e os seus espaços…” (Doc. do Sínodo Arquidiocesano – 2004 a 2008 – §24)
Com tudo isso, sabemos que “os desequilíbrios que sofre o mundo contemporâneo estão ligados a um desequilíbrio mais profundo, que enraíza no coração do homem…” (GS 10)
Principalmente, momentos nos quais acontecem circunstâncias que não foram premeditadas uma pedrinha-acontecimento pode parecer fatal: deu início a uma avalanche, começou um tsunami na sociedade por causa da Internet: que pena!
“É urgente que o amor se revista de roupagens-de-perdão… E que as roupagens-de-perdão sejam nossas vestes: – vestir-se-de-perdão nos pensamentos! – Vestir-se-de-perdão nas palavras! – Vestir-se-de-perdão nas atitudes, nos atos!
Somente com estas “roupas” somos aceitos por Deus! O perdão veste o rosto de alegria.
As pessoas humanas precisam perceber que o perdão é uma “invenção” do AMOR, que o perdão restaura o AMOR, e que, sem AMOR NÃO SE VIVE: MORRE-SE!
SOMENTE UM “PERDÃO SEM LIMITES…” NOS FAZ FILHOS E FILHAS DE DEUS-ABBÁ! ESPECIAL BÊNÇÃO PARA QUEM RECEBER ESTA MENSAGEM: “+ PAI, FILHO, E ESPÍRITO SANTO! AMÉM!”
+Milton Santos – Arcebispo Metropolitano de Cuiabá, MT
Cuiabá, 09 de março de 2012.
Fonte: Arquidiocese de Cuiabá
Comentário
Por Padre Cristóvão
1) “Paz é a tranqüilidade na ordem”. Querer tranqüilidade sem ordem é propor cinismo, não paz. Se ele quer paz, precisa promover a ordem que, neste caso, exige a justa reparação dos difamadores.
2) “Perdão” deve ser pedido pela parte ofensora à parte ofendida, e não vice-versa. O contrário disso não é sinônimo de perdão, antes, é agravar ainda mais a ofensa recebida, em favor dos injustos agressores.
3) A questão aqui não é apenas o conflito da paternidade diante de dois filhos igualmente culpáveis. Pai que é pai ama também quando corrije quem erra, quando sabe defender um filho injustamente atacado pelo outro, quando precisa disciplinar o filho rebelde e moderar aquele que quer obedecer. Esta atitude não é de “paternidade”, mas de “abandono à orfandade”. Paternidade não é neutralidade, mas posicionamento justo em amor.
4) No fim, a fé católica é sacrificada sobre o altar do “eclesialmente correto”. O problema de fundo nessa questão não é a pessoa do Pe. Paulo Ricardo, mas o direito de um padre católico pensar diferentemente da teologia da libertação (TL). Eles querem a total hegemonia e, por isso, operam o assassinato eclesial de quem se lhes opor e, nesse caso, o crime é exemplar, é uma demonstração daquilo que eles estão dispostos a fazer contra quem quer que se lhes oponha. Ora, o católico, quer clérigo, quer leigo, tem o dever de defender a doutrina contra todo erro. O apostolado do Pe. Paulo, mesmo que não isento de pontos discutíveis, tem se proposto a questionar a TL a partir desses erros. Quem discorda, que argumente e, no final, que vença a verdade da fé! O sr. bispo, tanto quanto os TLunáticos, não quer debate, quer apenas “paz”; não quer confronto, quer apenas a rendição…
A gravidade da situação está, sobretudo, em que o sr. bispo sequer percebe o absurdo que está escrevendo… Quer apenas a paz!… Que paz!?!…
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