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domingo, 25 de maio de 2014

Cientistas publicam libro com 15 verdades que abalam o ambientalismo

Luis Dufaur

Um grupo de cientistas publicou em 2013, na Bélgica, o livroClimat: 15 vérités qui dérangent (“Clima: 15 verdades que perturbam”).

Porém, segundo “Nouvelles de France”, a grande mídia censurou esse livro como se fosse “herético”.

O coordenador da obra é o doutor Istvan Marko, presidente da European Chemical Society e professor na Universidade Católica de Louvain, na Bélgica.

O trabalho coletivo não pretende ser exaustivo, mas põe o dedo na chaga de 15 realidades que patenteiam a fragilidade das teses dos adeptos da luta contra o CO2.

Eis essas 15 verdades:

1. O IPCC não é um organismo científico, mas político.

2. O IPCC alimenta uma constante confusão entre ciência e política.

3. O IPCC está no centro de uma coalizão de poderosos interesses particulares.

4. O IPCC recusa todo debate científico racional com cientistas opostos às suas teses.

5. O IPCC denigre os argumentos apresentados em sentido contrário e põe obstáculo à liberdade de expressão, tratando os cientistas que não compartem suas posições como dissidentes do tempo da URSS.

6. O CO2 não aumentou em função das emissões de combustíveis fósseis desde 1750.

7. A elevação da temperatura média global no último meio século não foi atípica em relação aos últimos 1300 anos.

8. O CO2 proveniente de combustíveis fósseis não contribui significativamente para o aumento da temperatura desde a metade do século XX.

9. A teoria do aquecimento global causado pelo homem” se baseia em modelos ou simulações fundadas em hipóteses e aproximações.

10. As observações da realidade fornecem dados naturais (atividade do sol, vulcões, correntes oceânicas, nuvens, etc.) que pesam na evolução do clima, mas os modelos do IPCC não as levam apropriadamente em consideração.11. As teorias do IPCC não recolhem o consenso científico.

12. A imprensa não apresenta a problemática do aquecimento global com o recuo crítico e a imparcialidade requeridos pela deontologia jornalística.

13. As contribuições dos governos ao IPCC geralmente aumentam o viés criticado acima.

14. A popularidade das teorias do IPCC resulta de uma difusão midiática unilateral e do apoio de certos partidos e líderes de opinião.

15. Os encarregados de tomar decisões econômicas e financeiras tiveram que adaptar suas políticas às imposições da luta contra o aquecimento global, com prejuízo de sua produtividade e competitividade.

Istvan Marko, editor do livro, explicou em entrevista no dia 7 outubro de 2013:
“Desde 1998, jamais aumentaram tanto as emissões de CO2, porém a temperatura do globo ficou estável. Nesse período foi emitido um terço do CO2 produzido desde o início da era industrial, sem causar nenhum efeito na temperatura mundial. Porém, o IPCC espalha que o aquecimento global se deve ao aumento das emissões de gás estufa de origem humana com uma probabilidade 90 a 95%. Na verdade, o CO2 aumenta após a elevação da temperatura, e nunca o inverso. Se a temperatura sobe nos trópicos, o CO2 aumenta por volta de 8 a 11 meses mais tarde. (…)
“Se o aquecimento global não é devido principalmente à atividade humana, qual é a sua causa?
“Há muitas. Por exemplo, a influência direta da atividade solar e uma correlação com as manchas solares. Se essas forem numerosas, em geral vai ficar quente.
“Se o sol apresenta menor número de manchas, um número maior de raios cósmicos atingirá a terra, criando nuvens de baixa altitude que impedirão os raios solares de atingir a terra e fazendo abaixar a temperatura”.

sábado, 24 de maio de 2014

Bispo dos EUA reafirma proibição de dar a Comunhão a pecadores públicos

Luis Dufaur

D. Thomas J. Paprocki, bispo de 
Springfield, Illinois, EUA
O bispo de Springfield (Illinois), D. Thomas J. Paprocki, apoia claramente os sacerdotes que negam a Comunhão aos políticos que se declaram católicos mas cooperam com projetos contrários aos ensinamentos da Igreja.

O site “Lifesitenews” noticiou que o bispo ratificou plenamente a decisão de um sacerdote diocesano que recusou a Eucaristia ao senador Dick Durbin. Este político sustenta a associação abortista Naral Pro-Choice.

O editorialista católico Matt Abbot divulgou que o escandaloso senador “foi informado há anos pelo responsável da paróquia do Santíssimo Sacramento de Springfield que não podia receber a Santa Comunhão em virtude do cânon 915 do Código de Direito Canônico”. O senador acatou a proibição.

O cânon 915 (equivalente a um artigo dos nossos Códigos) estabelece textualmente que “não devem ser admitidos à Sagrada Comunhão os excomungados e os interditados após a imposição ou declaração da pena, e aqueles que obstinadamente persistam num manifesto pecado grave”.

O cumprimento desta norma legal provoca debates e até ira na mídia e nos inimigos da Igreja. Também não é bem aceito por certos bispos da linha “progressista” ou amigos de governos de esquerda, que argüem por vezes um falso senso de caridade ou de misericórdia.

A doutrina genuína da Igreja responde – explica “LifeSiteNews” – que negar a Eucaristia àqueles que estão em pecado grave é autêntica caridade, pois impede que o pecador público pratique um sacrilégio merecedor da perdição eterna.

Além do mais, afasta o povo cristão do escândalo.

No Vaticano, o Cardeal Raymond Leo Burke, Prefeito da Signatura Apostólica – máximo órgão de Justiça, comparável ao Supremo Tribunal Federal – também sublinha que negar a Comunhão em tais casos é um ato de “caridade pastoral” pelas razoes expostas.

Este cânon era outrora universalmente respeitado, inclusive pelos anticatólicos. Porém, aplicá-lo hoje virou um ato de coragem para bispos e sacerdotes, os quais sofrem até ameaças de destituição do cargo por grupos exaltados ou outros eclesiásticos “progressistas”; são também alvo de pressões políticas da parte de elementos mancomunados com a subversão no seio da Igreja.

Por isso – acrescenta “LifeSiteNews” – são poucos os bispos como D. Paprocki. Mas os que agem como ele neste ponto são verdadeiros ministros de Jesus Cristo, cheios de amor pelo seu Santíssimo Corpo e pela salvação das almas. E apontam a verdadeira estrada do futuro da Igreja.

Governo oficializa aborto e paga R$ 443 pelo SUS


Leandro Mazzini


A Portaria 415 do Ministério da Saúde, publicada nesta quinta-feira (22), oficializou o aborto nos hospitais do Brasil, e o Sistema Único de Saúde pagará R$ 443 pelo procedimento.

O Diário Oficial da União (A íntegra aqui ) trouxe publicado o eufemismo ‘interrupção terapêutica do parto’.

A lei sancionada pela presidente Dilma Rousseff visa autorizar o aborto para casos de estupro e anencéfalos, mas deixa brechas para a prática geral: a mulher não é obrigada a apresentar Boletim de Ocorrência policial ao médico que a atender, e uma única vírgula no texto da portaria abre interpretações jurídicas que podem causar a liberação do aborto sob qualquer motivação.

Sem B.O., a mulher interessada em abortar pode alegar que foi estuprada, mesmo que tenha semanas de gestação e tenha decidido não ter o bebê. A lei não é clara sobre se o procedimento deve ser imediato logo após o estupro.

E o texto da Portaria pode abrir brecha para o aborto em casos gerais: “consiste em procedimento direcionado a mulheres em que a interrupção da gestação é prevista em lei, por ser decorrente de estupro, por acarretar risco de vida para a mulher ou por ser gestação de anencéfalo”.

Em suma, há três motivações. A vírgula abre interpretações como: o ‘risco de vida para a mulher’ não está necessariamente ligado à causa estupro. A gestante pode alegar qualquer risco à sua saúde, mesmo que não tenha sido estuprada.

Procurada para se posicionar sobre as questões supracitadas, a assessoria do Ministério da Saúde informou que não teria resposta a tempo para a noite de ontem. Um assessor também informou que não enviaria uma posição por e-mail devido à alta demanda por outros assuntos na pasta.

MEMÓRIA
O projeto surgiu anos atrás, apresentado pela então deputada federal Iara Bernardi (PT-SP), e só ano passado tornou-se o PLC 3/13, aprovado e sancionado.



sexta-feira, 23 de maio de 2014

Agressão russa à Ucrânia é também religiosa

Soldados ucranianos em operacao anti-terrorista.
Os temores de uma Terceira Guerra Mundial crescem em torno dos atritos no leste da Ucrânia. O capitalismo publicitário fornece abundantes informações e comentários, meros ecos, por vezes, da contra-informação forjada nos gabinetes de guerra psicológica de Putin. Porém, marginaliza a informação sobre outros aspectos, e dos mais importantes.

Em Donetsk, por exemplo, segundo notícia da agência AFP, uma das poucas a furar a barreira da desinformação, a oposição entre pró-Rússia e pró-Ucrânia passa também pela religião.

Diversos templos que obedecem ao Patriarcado cismático de Moscou assumiram a causa dos “pró-russos”. Mas, o contrário se da entre os católicos.
“Temos que agradecer a Putin pelo fato de nos ter ajudado a entender que nós somos ucranianos. A agressão contra a Ucrânia nos ajudou a reforçar nossa identidade”, afirma o Pe. Tikhon, 43 anos, sacerdote do rito greco-católico.
Arcebispo mor greco-católico Sviatoslav Shevchuk visita a comunidade católica de Donetsk.
Ao dizer “agressão contra a Ucrânia”, o Pe. Tikhon entende a tomada de prédios e instalações com métodos que lembram os “movimentos sociais” brasileiros; tomada teledirigida desde Moscou e efetivada em Donetsk e outras cidades do leste ucraniano.

A capela do Pe. Tikhon é muito modesta: apenas duas salas no andar térreo de um prédio de Donetsk, onde os fiéis compartiram a “paska”, o tradicional bolo de Páscoa, após a Missa.

Insurgente identificado: Evgeny ‘Dingo’ Ponomarev, russo de Belorechensk.
O Pe. Tikhon participou da manifestação pela unidade da Ucrânia, contra o separatismo. Na passeata não havia nenhum representante do cisma capitaneado pelo Patriarca de Moscou. Esse setor de “ortodoxos” acaba executando indiretamente as vontades de Putin e está em desacordo formal com os “ortodoxos” do Patriarcado de Kiev, criado em 1992 após a queda URSS e a independência da Ucrânia.

Gueorgui Gouliaiev, religioso cismático encarregado de imprensa no bispado de Donetsk, fiel ao Patriarcado de Moscou, explica que os cismáticos que ele representa não querem saber de orações e de atos pela paz junto com outros.
“Muitos religiosos do Patriarcado de Moscou têm uma posição abertamente pró-russa”, aponta o Pe. Tikhon, do rito greco-católico, que tem por volta de 15 mil fiéis na região.
A maioria dos paroquianos do Pe. Tikhon são descendentes de ucranianos católicos deportados por Stalin nos anos 50. O ditador russo visou dissolver a Igreja Católica na Ucrânia. Muitos foram mártires, mas o núcleo central ficou fiel à Igreja verdadeira, inclusive após a liquidação pela força bruta do rito greco-católico em 1946 e sua proibição até a queda da URSS no início dos anos 90.

Religioso cismático com insurgentes pro-russos

Se Donetsk cair nas garras da Rússia, afirma o sacerdote católico, “nós defenderemos nosso país. Eu conheço numerosas pessoas que estão dispostas a defender sua pátria de armas na mão. Grande parte de meus paroquianos me diz que vai fazer uma guerra de guerrilhas”.

“Não podemos contar com os europeus e os EUA, diz o corajoso sacerdote. O porvir de nosso país depende de nós. É a nós que cabe defender nosso país”, acrescenta, lembrando a heroica resistência católica sob a cruel perseguição soviética.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Maioria dos povos do mundo recusa o aborto e a agenda homossexual


Nenhum dos 40 países de todos os continentes que foram sondados pelo Pew Research Center aprovou a afirmação de que o aborto é moralmente aceitável, noticiou a agênciaLifeSiteNews.

Estes são os resultados no Brasil. CLIQUE AQUI

Em 13 países a oposição ao aborto venceu na proporção de três a um. As nações com menos tolerância ao crime do aborto foram as Filipinas, Gana, Indonésia, Uganda, e El Salvador.

A maior parte dos povos consultados também qualificou a homossexualidade de moralmente inaceitável. Segundo o inquérito Pew Research Center’s 2013 Global Attitudes, em 22 das nações analisadas a maioria se opõe à homossexualidade por razoes morais.

O homossexualismo só foi julgado moralmente aceitável na República Checa, Espanha e Alemanha.

“Os resultados da enquete do Pew são surpreendentes” declarou Adam Cassandra, diretor de comunicações da Human Life International, a LifeSiteNews. De fato, o instituto Pew está muito longe de ser suspeito de propensões pelo conservadorismo ou pela moralidade.
“Os missionários Human Life International vinham observando estas tendências pelo mundo todo. Os países em desenvolvimento ainda mantêm os valores morais tradicionais. Porém, a moralidade está declinando nos países mais ocidentalizados”.

Nos EUA, 49% julgaram o aborto inaceitável do ponto de vista moral e 17% disseram ser uma opção ética. E 23% acharam que não é uma questão moral.

O país está no 27º lugar na rejeição ao aborto, bem atrás do Brasil, da África do Sul e dos territórios Palestinos. Porém, sua desaprovação ao aborto é maior que a da China, do Japão, da Austrália, de Israel e da Grã-Bretanha.

Na China, onde o aborto é feito compulsoriamente pela polícia socialista, mais chineses acreditam ser imoral (37%) que moral (29%) ou são indiferentes (20%).

A França apresentou o menor índice de rejeição à matança de inocentes: apenas 14% disseram ser imoral e 38% acharam ser moral.

Tratando do polêmico “casamento” homossexual, a sondagem do Pew constatou que mais norte-americanos acham o homossexualismo imoral (37%) do que moralmente aceitável (23%), ou que não é uma questão moral (35%).
“Não há dúvida de que os princípios religiosos e a existência de famílias solidamente constituídas exercem a maior influencia para proteger os valores morais na África, na Ásia e na América Latina”, disse Cassandra a LifeSiteNews.
“Durante décadas, as populações dessas partes do mundo vieram sendo alvo de campanhas de ONGs e órgãos de governos que gastaram bilhões de dólares para destruir a família por meio do controle da natalidade e do aborto, e para impor mudanças nos valores tradicionais, condicionando imoralmente sua ajuda ao desenvolvimento. Mas, como pudemos recentemente observar em vários países da África, há ainda líderes políticos mais interessados em obedecer a Deus do que comprometer seus valores em troca de ajuda financeira e promoção midiática”, concluiu.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Vídeo - Missa Negra em Harvard finalmente cancelada

Católicos americanos reagem contra a tentativa de realizar uma Missa Negra satânica na Universidade de Harvard

Luis Dufaur

Adoração Eucarística reparadora, capela St Paul, Harvard,
com presença de mais de 1.500 católicos.
No Segredo de La Salette, Nossa Senhora previu que o Diabo seria cultuado em locais especiais para ele.

O culto por excelência do demônio é a missa negra. Este abominável culto quando acontece é em locais que fogem ao olhar das pessoas e das autoridades.

Porém, em 12 de maio, tal vez pela primeira vez na história, foi anunciada uma Missa Negra Satânica num local oficial, por sinal numa das maiores instituições educativas do mundo: a Universidade de Harvard, nos EUA.

Convite missa negra satânica
A sacrílega encenação foi sustada por uma admirável reação dos alunos católicos.

O culto público do demônio que podia parecer um exagero que desdoura o Segredo de La Salette, apareceu subitamente como uma realidade que por pouco não se efeitvou.

Mas, novas tentativas poderão advir. Veja a seguir o que aconteceu em Harvard.

A encenação de uma Missa Negra Satânica havia sido agendada para segunda-feira, 12 de maio, véspera da festa de Nossa Senhora de Fátima, na prestigiosa Universidade de Harvard, nos EUA.

A missa negra é um culto satânico com blasfêmias e sacrilégios, que faz as vezes de uma paródia da Missa católica. Muitas orações são invertidas para exprimir o contrário do rito católico e cultuar Lúcifer, informou o“Boston Globe”.

O satânico ritual foi aprovado pelo Harvard Extension Cultural Studies Club e deveria ser executado pelo grupo“Satanic Temple”, de Nova York. O responsável por esse grupo declarou que não seriam usadas hóstias consagradas, como é o sacrílego costume, segundo informou a CNSNews.

A tentativa de amortecer as reações incluía a “explicação” de que essa missa negra seria apenas uma manifestação de independência em relação à autoridade da Igreja, quando na realidade trata-se de cultuar a revolta de Satanás contra o Sacrifício Redentor da Cruz, renovado em toda Missa autenticamente católica.

Afastando quaisquer dúvidas, Lucien Greaves, porta-voz do grupo satanista, explicou o que eles fazem
“Nós pegamos um pedaço de ‘pão mágico’ que é realmente a carne de Cristo. Nós o escarnecemos sem mercê e nas canções dizemos para ele que já era, e que nós detestamos o sabor de sua carne. Após o deixarmos suficientemente intimidado e fora de combate, alguns representantes da agenda homossexual esfregam todo o seu homossexualismo sobre a Bíblia até Deus chorar. Esse é o momento em que Satanás aparece, e todo o mundo vira a garrafa”.
Procissão Eucarística reparadora
começou no Massachusetts Institute of Technology
Greaves acrescentou ainda que eles se inspiram num relato do século XIX feito pelo escritor Huysmans no livro Là-bas, e outros elementos provêm de sabbaths de bruxas.

De fato, o escritor Joris-Karl Huysmans (1848-1907) narra nesse livro ter assistido a uma missa negra na qual participavam pessoas portadoras das mais torpes taras morais. O sacerdote era verdadeiro e consagrava realmente a hóstia de modo nauseabundo.

Seguiam-se cenas de tal horror moral, que a missa negra desencadeou um processo de conversão do até então ímpio escritor. Ele foi readmitido na Igreja Católica em 1892 e morreu como monge oblato beneditino.

O mesmo porta-voz do grupo luciferino explicou que muitos satanistas são ativistas dos direitos dos animais, vegetarianos e artistas que têm um “forte senso de comunidade.

A notícia do evento satânico em Harvard suscitou comoção e forte reação nos meios católicos.

Uma procissão reparadora, com centenas de participantes ostentando terços e imagens religiosas, saiu da Capela do Massachusetts Institute of Technology (MIT) até a igreja de São Paulo, na Praça Harvard.

Naquele santuário, totalmente lotado, 1.500 católicos fizeram uma hora de adoração eucarística.

Procissão Eucarística reparadora pelas ruas de Boston
Entre os participantes estava a presidente da própria Universidade de Harvard, Catherine Drew Gilpin Faust.

O Pe. Michael E. Drea conduziu as orações e disse que todas as pessoas que têm fé “reconhecem a missa negra pelo que ela é: um ato de ódio à Igreja Católica”. Observou também que os fiéis permaneceram em oração e reparação por várias horas além do previsto.

Cerca de 60 mil estudantes e professores de Harvard assinaram uma petição contra a realização da missa sacrílega no campus universitário.

Terço reparador em Harvard
promovido pela TFP Student Action
Só a petição da TFP Student Action atingiu 45.918 assinaturas em quatro dias.
“Eu estou envergonhada pelo fato de minha universidade estar permitindo um evento tão cheio de ódio sob aparências de ‘educação’”, disse a professora Aurora Griffin, ex-presidente da Associação dos Estudantes Católicos de Harvard.
Diante das reações católicas, os promotores do ritual satânico o transferiram para um bar noturno chamado “Hong Kong”, e chegaram a afirmar por e-mail que o mesmo estava sendo realizado naquela noite.

Porém um empregado do local, que só quis se identificar como Fred, disse por telefone que os membros do grupo satânico encontravam-se bebendo no bar, mas não estavam realizando ritual algum.

A organização satânica emitiu comunicado esclarecendo que a missa negra havia sido adiada indefinidamente.

A tentativa de realizar esse ato revelou o objetivo final para o qual trabalham os militantes de agendas na aparência tão diversas.

Eles convergem para tentar eliminar Deus e sua Igreja do mundo, e proclamar um reinado igualitário, repositório de todos os vícios, dócil servidor de Satanás e promotor de seu culto.

Fontes: Boston Magazine; Boston Globe; CNS News.

A ti caro ateu

Plinio Corrêa de Oliveira
"Folha de S. Paulo", 31 de agosto de 1980

"Caro"? O adjetivo pode causar estranheza a leitores que, pelos artigos da "Folha" como por outros meios, há décadas me vêem combater o ateísmo, precisamente no aspecto mais expansivamente imperialista que assumiu ao longo da História, isto é, o ateísmo marxista. "Caro": como então justificar o qualificativo? Explico-me.

Deus quer a salvação de todos: dos bons, para que recebam no Céu o prêmio de seus méritos; dos maus, para que, tocados pela graça, se emendem e alcancem o Céu. Em perspectivas e a títulos diversos, uns e outros são, portanto, caros a Deus. Como, então, podem não o ser ao católico? Caros, sim, até mesmo quando, para defender a Igreja e a cristandade, o católico os combate. Um cruzado poderia dizer com toda a sinceridade "caro irmão" ao maometano, no momento mesmo em que terçava rijamente armas com ele para a reconquista do Santo Sepulcro.

A expressão "caro ateu" é pois válida. E comporta até sentidos matizados. Pois oferece matizes o ateísmo. A cada um deles corresponde — como é natural — um sentido específico da palavra "caro". Assim, há ateus que se alegram com a convicção de que "Deus não existe". A tal ponto que se algum fato evidente — um milagre retumbante por exemplo — o convencesse do contrário, bem poderia acontecer que ele passasse a odiar a Deus, e até a matá-Lo, se fosse possível.

Outros ateus estão de tal maneira enchafurdados nas coisas da terra, que seu ateísmo não consiste em negar que Deus existe, mas em desinteressar-se inteiramente do assunto. Se é cabível a distinção, eles não são "ateus", no sentido mais radical e aliás corrente da palavra, mas "a-teus", ou seja, laicos. Concebem sem Deus a vida e o mundo. Caso se lhes provasse que Deus existe, veriam nEle um ser "con il quale o senza il quale, il mondo va tale quale". Sua reação consistiria em decretar contra Ele um total e perpétuo banimento dos assuntos terrenos.

Mas há um terceiro gênero de ateus. A este pertencem os que, acabrunhados pelos trabalhos e decepções da vida, e vendo bem, por amarga experiência pessoal, que as coisas desta terra não passam de "vaidade e aflição de espírito"(Eccles. 1, 14), gostariam que Deus existisse. Mas tropeçando nos sofismas do ateísmo, aos quais outrora haviam aberto o espírito, atados pelos hábitos mentais racionalistas a que aferraram a mente, tateiam agora nas trevas sem conseguir encontrar o Deus a quem outrora rejeitaram. Quando medito na apóstrofe de Jesus Cristo: "Vinde a mim, ó vós todos que estais sobrecarregados e fatigados, e eu vos restaurarei" (Mt. 11, 28), penso mais especialmente neste tipo de ateus. E tenho mais especialmente vontade de os chamar "caros ateus".

Assim fica explicado quais são os ateus a quem especialmente dirijo as presentes reflexões.

Entretanto, não é só a eles que tenho em vista, mas a outros leitores, e outros ainda, e muito mais especialmente caros. Isto é, a alguns irmãos na Fé católica, membros como eu do Corpo Místico de Nosso Senhor Jesus Cristo, os quais, tendo lido a referência por mim feita no artigo "Volta à Torre de Babel?" à espiritualidade de São Luís Maria Grignion de Montfort, desejaram que eu dissesse algo mais sobre o assunto através das colunas da "Folha".

Escrevo pois este artigo para estes últimos. Mas com olhos postos nos primeiros. Faço-o nesta "Folha" tão coerente com os princípios de liberdade de pensamento, os quais professa, que abre compreensivamente um espaço para mim (que certamente não sou um liberal!). Para que neste espaço eu diga o que me pareça. Ao considerar meus artigos, insertos entre tantos outros de rumo bem oposto, parece-me ver a "Folha" voltada para o público com um estandarte em punho (por certo não o rubro e leonino estandarte da TFP!), no qual se leriam estas palavras de Voltaire (ultraliberais, e também exemplarmente lógicas na perspectiva liberal): "Não concordo com uma só palavra do que dizeis, mas defenderei até a morte vosso direito de as dizer".

Pluralismo coerente é isto. E estão nos antípodas disto tantos jornais brasileiros que aos urros se jactam de seu pluralismo, mas recusam o menor espaço para um comentário – até para a menor notícia – de movimentos antipluralistas. Como se o pluralismo fosse absurdamente não-plural, e não consistisse na liberdade de discordar. Dir-se-ia até que, em tais jornais, há um politburo apostado em varrer da publicidade o pensamento "herético" antiplural.

Oh, como seria mais autêntica, mais intelectualizada e mais arejada a democracia brasileira, se seguissem a linha de ação enunciada naquela frase de Voltaire, tantos jornais brasileiros.
Falo agora aos ateus especialmente caros, na esperança de lhes tocar o fundo da alma, no mesmo texto em que falo para meus caríssimos irmãos na Fé.

Imagina-te, caro ateu, em alguns desses intervalos da vida quotidiana de outrora, no sossego dos quais subiam à tona do espírito as impressões aprazíveis e profundas que a faina do dia, carregada do pó da trivialidade e do suor do esforço, havia sufocado na subconsciência. Eram os espaçosos momentos de lazer, em que as saudades de um passado risonho, os encantos e as esperanças do presente duro mas luminoso, e as fantasias tantas vezes pérfidas faziam agradável ciranda para distender a alma "posta em sossego, [...] naquele engano da alma, ledo e cego, que a fortuna não deixa durar muito" (Camões, Lusíadas, canto 3º, estância 120).

Nos minguados momentos do lazer de hoje, pelo contrário, sobe à tona a neurótica sarabanda das decepções, das preocupações, das ambições descabeladas e dos cansaços exacerbados. E por sobre essa sarabanda paira uma pergunta acachapante, plúmbea, obscura: para que viver?

Sob o signo dessa pergunta, encerro o artigo de hoje. Até o próximo, caro ateu.
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