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quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Os pastores de Belém – conto de natal




Naquela noite misteriosa, encoberta de nuvens, um grupo de pastores tinha uma diferente sensação de tranquilidade interna em suas almas. Certamente algo estava para acontecer, mas nenhum deles ousava exprimir aos outros aquilo que pensavam ser um sentimento meramente pessoal.

Sentados em roda, conversavam sobre a chuva que poderia cair durante a madrugada e o cuidado redobrado que teriam para cuidar de suas ovelhas. Mas aquela noite misteriosa parecia que desejava revelar-lhes um segredo e, à medida que o tempo passava, uma mistura de temor e alegria os inundava cada vez mais.

Embora externassem uns aos outros as preocupações com a chuva, suas atenções segundas estavam voltadas para aquela serena sensação interna, cheia de calma e alegria. O silêncio, muitas vezes, é a atitude primeira da alma em face do mistério quando este se apresenta carregado de uma beleza inefável.

Todo mistério tem algo de obscuro como a noite. Quando obra da graça, esse obscuro é acompanhado por estrelas radiantes que fazem a alma entrever, apesar do escuro do mistério, a luz da verdade inatingível pela razão. Se se trata de um mistério divino, esse obscuro não é culpa do mistério, mas da razão humana que é finita e incapaz de abarcar tudo aquilo que Deus revela.

E Deus deu a alma humana uma sede misteriosa pelo mistério. Tanto que quando o homem, por um ato de revolta, nega os divinos mistérios sobrenaturais e os julga como contrários a sua razão - tão pequena, aliás, e tão debilitada pelo pecado original; minúscula como um grão de poeira se comparada com o tamanho do universo -, a alma do homem, assim turvada, se volta ainda assim para os mistérios, mas para as trevas misteriosas do preternatural, do esoterismo e do ateísmo. Sim, nada mais sinistramente misterioso do que as trevas do ateísmo e nada é tão inexplicável à razão quanto a fé de seus adeptos.

Naquela noite, toda a natureza parecia sorrir para os pastores. Mas, como? Se era… noite? Durante a noite não se sente apenas medo e terror do perigo iminente e do sombrio das trevas que acobertam os ladrões e as feras? Como era possível sentir aquela misteriosa sensação de calma, tranquilidade e paz? Havia realmente algo diferente. Um misterioso mistério perfumava aquela noite nos campos próximos à Belém.

Mas, entre os pastores, diversas eram as atitudes de alma que cada um tomava em face daquela sensação misteriosa que os invadia.

Uns percebiam que aquilo poderia significar que Deus interviria novamente no curso da História. Lembravam-se dos profetas que anunciavam a vinda do Messias, da paganização que cobria a Terra, da história misteriosa e paradoxal de uma Virgem que havia concebido e das opressões que sofriam os fiéis às Leis de Deus naquela Jerusalém decadente.

Outros pastores apenas identificavam aquela sensação com uma esperança de que a chuva não viesse e assim pudessem ter uma noite mais tranquila.

Alguns outros, dentre eles, viam naquele sentimento algo que contrariava seu modo de vida libertino e desregrado. Entregues às paixões desordenadas e à desordem temperamental que os vícios morais causavam, eles se achavam indignos daquele sentimento de alegria primaveril que, há tantos anos, haviam afogado na fanfarronice febricitante de uma vida onde a virtude não passava de uma palavra. A saudade desse período de inocência perdido os sensibilizava.

O tempo corria e a noite se firmava. A escuridão parecia pesar cada vez mais. Em certo momento, os pastores notaram que seus rebanhos estavam silenciosos como nunca antes estiveram. Os animais pareciam participar daquela sensação aprazível e serena de algo misterioso.

Quando menos esperavam, uma luz misteriosa apareceu. Tão forte e intensa que os cegou por instantes e não conseguiam abrir os olhos por mais que tentassem. O temor tomou conta de suas almas. Segundos depois, a luz perdeu sua intensidade e eles então puderam ver um anjo pairando no ar. Mas a luz que emanava de seu interior ainda impedia que aqueles homens fixassem suas vistas naquele ser. Pela primeira vez eles sentiam-se impotentes e como que diante de algo que poderia lhes tirar a vida com um só ato de vontade. O temor aumentara.

“Não temais, eis que vos anuncio uma boa nova que será alegria para todo o povo: hoje vos nasceu na Cidade de Davi um Salvador, que é o Cristo Senhor”, disse-lhes o anjo num tom de voz que eles nunca antes haviam ouvido.

E o escuro do céu subitamente deu lugar a um coro do exército celeste, que louvava a Deus e dizia como num brado de guerra e ao mesmo tempo como num canto de vitória contra o demônio conspirador da perdição dos homens: “Glória a Deus no mais alto dos céus e na terra paz aos homens, objetos da benevolência divina”.

Todos olhavam para o firmamento e contemplavam aquele espetáculo que em um instante sumiu dando lugar novamente à escuridão da noite. Um bezerrinho encostou-se em seu pastor e este, olhando para o céu, tirou o tecido que lhe cobria a cabeça e apontou para o horizonte dizendo: olhem!

As nuvens começaram a se abrir e por detrás delas uma estrela desconhecida brilhava fortemente. No alto da colina, os pastores divisaram uma pequena caravana com três camelos que rumava na direção daquele astro.

“Vamos até Belém e vejamos o que se realizou e o que o Senhor nos manifestou”, falaram entre si os pastores.

E, assim, naquela noite misteriosa, a luz resplandeceu na Terra ( Jo. 1, 5).

Para bem celebrar o Santo Natal

Para bem celebrarmos o Santo Natal, segue uma pequena seleção de músicas natalinas.

Um Feliz e Santo Natal a todos!

Adeste Fideles



Stille Nacht



The Little Drummer Boy



Oh Tannenbaum



Maria Durch ein Dornwald ging



Les anges dans nos campagnes



Il est né le Divin Enfant



Oh du fröhliche



Pequeno Concerto de Natal

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Et Vocabitur Princeps Pacis, Cujus Regni Non Erit Finis


Considerando os fatos numa vasta perspectiva histórica, o Santo Natal foi o primeiro dia de vida da civilização cristã. Vida ainda germinativa e incipiente, como os primeiros clarões do sol que nasce; mas vida que já continha em si todos os elementos incomparavelmente ricos, da esplendida maturidade a que se destinava.

Com efeito, se é bem verdade que a civilização é um fato social, que para existir como tal nem sequer pode contentar-se de influenciar um pequeno punhado de pessoas, mas deve irradiar sobre uma coletividade inteira, não se pode dizer que a atmosfera sobrenatural que emana do presépio de Belém sobre os circunstantes já estava formando uma civilização. Mas se, de outro do, consideramos que todas as riquezas da civilização cristã se contém em Nosso Senhor Jesus Cristo como em sua fonte única, infinitamente perfeita, e que a luz que começou a brilhar sobre os homens em Belém havia de alongar cada vez mais seus clarões, até se estender sobre o mundo inteiro, transformando mentalidades, abolindo e instituindo costumes, infundindo espírito novo em todas as culturas, unindo e elevando a um nível superior todas as civilizações, pode-se dizer que o primeiro dia de Cristo na terra foi desde logo o primeiro dia de uma era histórica.

Quem o haveria de dizer? Não há ser humano mais débil do que uma criança. Não há habitação mais pobre do que uma gruta. Não há berço mais rudimentar do que uma manjedoura. Entretanto, esta Criança, naquela gruta, naquela manjedoura, haveria de transformar o curso História.

E que transformação! A mais difícil de todas, pois que se tratava, não de acelerar o curso das coisas no rumo em que seguiam, mas de orientar os homens no caminho mais avesso a suas inclinações: a via da austeridade, do sacrifício, da Cruz. Tratava-se de convidar à Fé um mundo apodrecido pelas superstições, pelo [original truncado, mas foi ordenado] sincretismo religioso e pelo ceticismo completo. Tratava-se de convidar para a justiça uma humanidade afeita a todas as iniqüidades: o domínio despótico do forte sobre os fracos, das massas sobre as elites, e da plutocracia - que reúne em si todos defeitos de umas e outras - sobre a própria massa. Tratava-se de convidar ao desapego um mundo que adorava o prazer sob todas as suas formas. Tratava-se de atrair para a pureza um mundo em que todas as depravações eram conhecidas, praticadas, aprovadas. Tarefa evidentemente inviável, mas que a Divina Criança começou a realizar desde o seu primeiro momento nesta terra, e que nem a força do ódio judaico, nem a força do domínio romano, nem a força das paixões humanas poderia conter.

* * *

Dois mil anos depois do Nascimento de Cristo, parecemos ter voltado ao ponto inicial. A adoração do dinheiro, a divinização das massas, a exasperação do gosto dos prazeres mais vãos, o domínio despótico da força bruta, as superstições, o sincretismo religioso, o cepticismo, enfim o neo-paganismo em todos os seus aspectos invadiram novamente a terra.

Blasfemaria contra Nosso Senhor Jesus Cristo quem afirmasse que este inferno de confusão, de corrupção, de revolta, de violência que temos diante de nós é a civilização cristã, é o Reino de Cristo na Terra. Apenas um ou outro grande lineamento da antiga cristandade sobrevive, abalado, no mundo de hoje. Mas, em sua realidade plena e global a civilização cristã deixou de existir, e da grande luz sobrenatural que começou a fulgir em Belém muito poucos raios brilham ainda sobre as leis, os costumes, as instituições e a cultura do século XX.

Porque isto? Teria a ação de Jesus Cristo - tão presente em nossos tabernáculos como na gruta de Belém - perdido algo de sua eficácia? Evidentemente não.

E, se a causa não está nem pode estar nele, por certo está nos homens. Vindo a um mundo profundamente corrompido, Nosso Senhor e depois dele a Igreja nascente encontraram almas que se abriram à pregação evangélica. Hoje, a pregação evangélica se dissemina por toda a terra. Mas cresce assustadoramente o número dos que se recusam com obstinação a ouvir a palavra de Deus, dos que pelas idéias que professam, pelos costumes que praticam, estão precisamente no pólo oposto à Igreja. "Lux in tenebris lucet, et tenebrae eam non comprehenderunt".

Nisto, só nisto, está a causa de ruína da civilização cristã no mundo. Pois se o homem não é, não quer ser católico, como pode ser cristã a civilização que nasce de suas mãos?

* * *

Espanta que tantos homens perguntem qual a causa da crise titânica em que o mundo se debate. Basta imaginar que a humanidade cumprisse a Lei de Deus, para que se entenda que ipso facto a crise deixaria de existir. O problema, pois, está em nós. Está em nosso livre arbítrio. Está em nossa inteligência que se fecha à verdade, em nossa vontade que, solicitada pelas paixões se recusa ao bem. A reforma do homem é a reforma essencial e indispensável. Com ela, tudo estará feito. Sem ela, tudo quanto se fizer será nada.

Esta é a grande verdade que se deve meditar no Natal. Não basta que nos inclinemos ante Jesus Menino, ao som dos hinos litúrgicos, em uníssono com a alegria do povo fiel. É necessário que cuidemos cada qual de nossa reforma, e da reforma do próximo, para que a crise contemporânea tenha solução, para que a luz que brilha do presépio recobre campo livre para sua irradiação em todo o mundo.

* * *

Mas como conseguir isto? Onde estão nossos cinemas, nossos rádios, nossos diários, nossas organizações? Onde estão nossas bombas atômicas, nossos toques, nossos exércitos? Onde estão nossos bancos, nossos tesouros, nossas riquezas? Como lutar contra o mundo inteiro?

A pergunta é ingênua. Nossa vitória decorre essencialmente e antes de tudo de Nosso Senhor Jesus Cristo. Bancos, rádios, cinemas, organizações, tudo isto é excelente, e temos obrigação de o utilizar para a dilatação do Reino de Deus. Mas nada disto é indispensável. Ou, em outros termos, se a causa católica não contar com estes recursos, não por negligencia e falta de generosidade nossa, mas sem nossa culpa, o Divino Salvador fará o necessário para que vençamos sem isto. O exemplo, deram-no os primeiros séculos da igreja: não venceu esta, a Respeito de se terem coligado contra ela todas as forças da terra?

Confiança em Nosso Senhor Jesus Cristo, confiança no sobrenatural, eis outra lição preciosa que nos dá o Santo Natal.

* * *

E não terminemos sem colher mais um ensinamento, suave como um favo de mel. Sim, pecamos. Sim, imensas são as dificuldades que se nos deparam para voltar atrás, para subir. Sim, nossos crimes e nossas infidelidades atrairão sobre nós a cólera de Deus. Mas, junto ao presépio, temos a Medianeira clementíssima, que não é juiz mas advogada, que tem em relação a nós toda a compaixão, toda a ternura, toda a indulgência da mais perfeita das mães.

Olhos postos em Maria, unidos a Ela, por meio dela, peçamos neste Natal a graça única, que realmente importa: o Reino de Deus em nós e em torno de nós.

Todo o resto nos será dado por acréscimo.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Anchieta, varão virtuoso e santo



No artigo anterior – Grandeza e bem-estar dos povos – procurei realçar a diferença entre a catequese dos missionários “aggiornati” e a dos missionários dos tempos de Nóbrega e Anchieta, cuja missão era converter os índios para a Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo e, assim, abrir-lhes as portas da salvação.

Enquanto hoje os “moderninhos” acusam aqueles desapegados e santos de ter colaborado para a desagregação, marginalização, destruição e morte de nossos silvícolas, na verdade Anchieta e seus companheiros catequizadores os conduziam à prática da Lei de Deus, fundamento da grandeza e do bem-estar dos povos.

Pelo fruto se conhece a árvore. Onde estão os frutos do CIMI – Conselho Missionário Indígena? Para D. Tomás Balduíno, ex-presidente desse órgão da CNBB, “os índios são os verdadeiros evangelizadores do mundo.” E prossegue: “(Nós) vamos a eles sabendo que o Cristo já nos antecedeu no meio deles, e que lá estão as ‘Sementes do Verbo’”.

Ele vai além, ao dizer que tem a “convicção de que eles vivem o Evangelho da Bem-Aventurança. E de que por isso se impõe a nós uma conversão às suas culturas (…). E a partir dos mais marginalizados e oprimidos ela se torna a Boa Nova Universal, com valor de profecia para todos os homens”.

Anchieta, homem virtuoso e santo, via com outros olhos as ditas “culturas” de D. Tomás Balduíno, pois empregou todos os meios ao seu alcance para arrancar os índios dos vícios. E, ao mostrar-lhes a moral católica, queria que eles abandonassem a antropofagia, a poligamia, o infanticídio, os falsos cultos e o homicídio voluntário.

Com efeito, os ensinamentos do Evangelho podem ser adaptados à psicologia e às peculiaridades de cada povo, mas a substância de seu preceito é imutável, porque foi comunicada pelo próprio Nosso Senhor Jesus Cristo, não podendo nenhum homem, por mais importante que seja, mudá-lo. Por quê?

Porque ao mandar ensinar todas as gentes, Jesus Cristo colocou uma cláusula: a de proceder em tudo como Ele ensinou, sem alterar seus divinos ensinamentos. Se os missionários de hoje pregam uma “releitura” do Evangelho, os de outrora procuravam ser perfeitos como o Pai celestial é perfeito, pois christianus alter Christus – o cristão é outro Cristo.

Este mesmo anseio de fidelidade e perfeição levou o Pe. Anchieta a dar grandes provas de seu amor a Deus. Por exemplo, ao conclamar em 1560 uma bem-sucedida cruzada de portugueses e nativos contra os invasores franceses liderados por Villegagnon que pretendiam fundar a França Antártica no Rio de Janeiro.

Agindo assim, o Apóstolo do Brasil visava formar uma nação com vida própria, com a plenitude de vida dos homens que a compõem, conscientes das próprias responsabilidades e convicções. Para isso, nada melhor que difundir a doutrina e a lei de Jesus Cristo e do magistério da Igreja Católica.

Anchieta formou um povo com autonomia de decidir e gerir seus próprios negócios em conformidade com a lei moral e divina. Ele não mediu esforços em sua catequese. Até do teatro se valeu para ensinar. Construiu inúmeras igrejas e colégios, realizou inúmeros milagres com o fim de civilizar povos bárbaros.

Ao longo de nossa costa, sobretudo onde o Apóstolo do Brasil catequizou e civilizou, há sinais indeléveis de seus grandes feitos. Entre outros, a fundação da cidade de São Paulo.


Pe. David Francisquini é sacerdote da Igreja do Imaculado Coração de Maria – Cardoso Moreira-RJ

Igreja agiliza processo de canonização do Beato José de Anchieta

Por OESP

O processo de canonização do beato José de Anchieta, que parecia parado à espera de um milagre, está sendo acelerado, após a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) ter mandado uma carta a Francisco pedindo que o Apóstolo do Brasil seja declarado santo.

O papa não respondeu à carta assinada pelo cardeal-arcebispo de Aparecida e presidente da CNBB, D. Raymundo Damasceno Assis, mas deu sinal verde para a Companhia de Jesus apressar a documentação necessária. O prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, cardeal Angelo Amato, pediu que seja encaminhada, no mais breve tempo possível, a Positio, texto com a biografia de Anchieta, uma relação de prováveis milagres e provas de fama de santidade.

"O cardeal Amato pediu as mesmas informações ao postulador geral, padre Anton Witwer, sobre dois missionários do Canadá, que foram beatificados com José de Anchieta, em 1980", disse um dos vice-postuladores, padre Augusto César dos Santos. Jesuíta e responsável pelo Serviço Brasileiro da Rádio Vaticano, ele trabalha na preparação da Positio em Roma, enquanto outro vice-postulador, padre Nilson Maróstica, atua no Brasil, recolhendo relatos sobre graças alcançadas.

"Recebemos dezenas de cartas, de todas as regiões do País, pois a devoção ao beato José de Anchieta é muito grande", revela padre Nilson. Essa devoção comprova a fama de santidade, argumento que atualmente pesa mais do que a exigência de milagre para a canonização.

Anchieta nasceu nas Canárias. Filho de pai basco e mãe descendente de cristãos novos ou judeus convertidos, teria deixado o arquipélago para fugir da Inquisição, porque em Portugal a perseguição contra os judeus era menos rigorosa do que na Espanha. Entrou para a Companhia de Jesus em 1551 e, dois anos depois, desembarcou na Bahia. Noviço, participou, em 25 de janeiro de 1554, da fundação do Colégio de São Paulo de Piratininga, berço da capital paulista. Morreu em 1597, no Espírito Santo, onde está sepultado.

Logo após sua morte, a notícia de suas virtudes heroicas chegou a Roma e, em 1624, o papa Inocêncio X autorizou a abertura da causa de beatificação. No século seguinte, quando o Marquês de Pombal iniciou uma perseguição aos jesuítas, todos os processos foram suspensos. A causa de Anchieta só foi retomada em 1875. Nas décadas seguintes, o Brasil recorreu ao papa Paulo VI para pedir a beatificação, que saiu só em 1980, com decisão de João Paulo II.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

PLC 122 é “sepultada” pelo Senado e irá tramitar em conjunto com o novo Código Penal


Na tarde dessa terça-feira (17), o Plenário do Senado aprovou um requerimento do senador Eduardo Lopes (PRB-RJ), para que a PLC-122/2006, proposta que ficou conhecida como “lei da homofobia”, seja apensada ao projeto de reforma do Código Penal (PLS 236/2012). Dessa forma, a PLC-122 passaria a tramitar junto com a reforma PLS-236, tendo suas discussões e votações unificadas.

A Casa aprovou o requerimento com 29 votos favoráveis, 12 contrários e duas abstenções, para que o projeto que criminaliza a discriminação de homossexuais (PLC 122/2006) tramite junto com o projeto de reforma do Código Penal (PLS 236/2012). Com isso, o projeto que está na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa passará a ser examinado na Comissão de Constituição e Justiça, onde tramita o projeto de reforma do Código Penal.

O senador Paulo Paim (PT - RS) se posicionou contrário a junção, pois enfraquece o debate sobre a homofobia como crime. Já o senador Magno Malta (PR-ES) argumentou que o projeto depende da tipificação desse crime no Código Penal, e que será feita uma "discussão decente".

Eduardo Lopes explicou seu requerimento afirmando que não há sentido para que as propostas tramitem separadamente, visto que tratam de assuntos correlatos. O senador Magno Malta (PR-ES) manifestou apoio a Lopes afirmando que a criminalização da homofobia depende da tipificação desse crime no Código Penal, o que justifica tal apensamento.

O apensamento da proposta foi bem recebido entre críticos da PLC-122, como o articulista cristão Paulo Teixeira, que comentou a aprovação do requerimento de Eduardo Lopes como o “sepultamento” da PLC-122.
"Com o sepultamento desse famigerado projeto de lei, as famílias brasileiras estão livres de mais um projeto que visava implantar a ditadura gay" – comentou Teixeira.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Vivamos um Natal sem hipocrisia



Mais uma vez, nos aproximamos do Natal. Outrora se dizia Santo Natal, mas chamar o Natal de Santo hoje é propriamente um disparate.

Porque o Natal hoje é sinônimo de boas vendas, luzes frias e postas sem sentido enchem as ruas e shoppings. Balconistas esboçam sorrisos interesseiros para conquistar clientes. O grande astro é o Papai Noel, marketeiro ateu. Os brinquedos já não são inocentes, nem maravilhosos, mas reproduzem frequentemente seres horríveis da TV ou do cinema. As pessoas viajam e se largam, se desabotoam, nos ambientes ondem vivem as festas. Come-se demais, bebe-se demais, veste-se de menos, relaxam-se os costumes e as maneiras. Nada de sobrenatural, nada de elevação, nada de piedade autêntica. Excessos se sucedem nos dias de comemoração, antecedendo a frustração da volta para casa. Buscou-se em tudo o maior prazer, mas não foi encontrado. Uma sensação de fracasso invade as almas. Após a chegada em casa, a marcação de consulta ao psicólogo, ao psiquiatra, para sair da depressão.

Sobretudo Aquele que é a razão do Natal ficou completamente esquecido. Para esses, Deus, o Salvador, o Redentor em nada lhes é sensível e está completamente ausente. São os hipócritas. Comemoram o aniversário sem dar a menor importância ao aniversariante

Porém, felizmente há outros que sabem como viver adequadamente a grande festa.

Recolhidos, cheios de gratidão pela vinda do Messias, contemplam o Menino Jesus, Verbo de Deus encarnado, que dorme numa pobre manjedoura, guardado por Nossa Senhora e São José. Lembram-se esses de agradecer o bem infinito da redenção. Lembram-se que essa redenção foi a maior prova de amor que Deus pode demonstrar por suas criaturas. Sentem-se por isso felizes por pertencerem a esse Deus infinitamente bom, e procuram expressar-Lhe sua profunda união.

Rezam e meditam, sim, mas também comem e bebem com equilíbrio, comportam-se como seres nos quais a alma predomina e rege todos os seus atos. Uma temperança mantem nos devidos limites tudo o quanto fazem. Por isso, no final, não se sentem frustrados, mas elevados; não se sentem desarranjados, mas ordenados; não se sentem tristes, mas felizes. Viveram o Santo Natal e, pelo favor de Nossa Senhora, receberam graças que os aproximaram ainda mais do seu Criador que veio ao mundo para redimi-los.

Esse é um Natal sem hipocrisia, cheio de autêntico amor, de união e verdadeira paz. Assim devemos viver o Santo Natal.

Desejamos a nossos leitores um Santo Natal e um Ano Novo repleto de graças que se estendam por todo 2014.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

URGENTÍSSIMO!!!! O PLC 122 voltará à pauta nesta semana!

Recebemos a mensagem abaixo do site Citizen Go e compartilhamos com nossos leitores.

***
Nesta quarta-feira, dia 04/12, o PLC 122 será votado outra vez! Na semana retrasada, o projeto foi retirado da pauta por causa da pressão feita por todos os que defendem a vida, a família e a verdadeira liberdade. Porém, o lobby LGBT pressionou o governo nas duas últimas semanas para que o projeto fosse votado o mais rápido possível. Portanto, é necessário fazer pressão para que o projeto seja arquivado!

Se você já assinou a campanha, divulgue-a para pessoas que ainda não assinaram. Se você ainda não assinou, clique no link e assine agora:

Clique aqui e assine a petição pedindo o arquivamento deste infame projeto

Qual é a malícia desse projeto? Foram incluídos no projeto os termos “gênero”, “identidade de gênero” e “orientação sexual”, que são perigosíssimos. A palavra “gênero”, segundo os ideólogos da ideologia de gênero, deve aos poucos substituir o uso corrente de palavra “sexo” e referir-se a um papel socialmente construído, não a uma realidade que tenha seu fundamento na biologia. Desta maneira, por serem papéis socialmente construídos, poderão ser criados gêneros em número ilimitado, e poderá haver inclusive gêneros associados à pedofilia ou ao incesto. É o que diz, por exemplo, a feminista radical Shulamith Firestone: “O tabu do incesto hoje é necessário somente para preservar a família; então, se nós nos desfizermos da família, iremos de fato desfazer-nos das repressões que moldam a sexualidade em formas específicas” (trecho retirado do livro A Dialética do Sexo). Ora, uma vez que a sexualidade seja determinada pelo “gênero” e não pela biologia, não haverá mais sentido em sustentar que a família é resultado da união estável entre homem e mulher.

Se estes novos conceitos forem introduzidos na legislação, estará comprometido todo o edifício social e legal que tinha seu sustento sobre a instituição da família. Os princípios legais para a construção de uma nova nova sociedade, baseada na total permissividade sexual, terão sido lançados. A instituição familiar passará a ser vista como uma categoria “opressora” diante dos gêneros novos e inventados, como a homossexualidade, bissexualidade, transexualidade e outros. Para que estes novos gêneros sejam protegidos contra a discriminação da instituição familiar, kits gays, bissexuais, transexuais e outros poderão tornar-se obrigatórios nas escolas. Já existe inclusive um projeto de lei que pretende inserir nas metas da Lei de Diretrizes e Bases da Educação nacional a expressão “igualdade de gênero”.

O PLC 122 ainda tem outra armadilha: se for aprovado no Senado, o que acontecerá? O projeto voltará para a Câmara dos Deputados, onde estes, em grande parte membros da base governista, poderão manter as modificações feitas no Senado ou rejeitá-las. Se as rejeitarem, o PLC 122 voltará ao seu estado original, que está cheio de ameaças e punições, e poderá seguir diretamente para a aprovação da presidente Dilma Rousseff.

Algumas das consequências da aprovação dessa lei: se algum kit gay for distribuído para os seus filhos, você não poderá recorrer a seu direito de educá-los para evitar eles recebam esse conteúdo nas escolas; ninguém poderá manifestar publicamente uma opinião discordante sobre qualquer ato homossexual; a Ideologia de Gênero passará a fazer parte do dia-a-dia escolar das crianças brasileiras, etc.

Diante dos riscos que a aprovação desse projeto traria para a sua liberdade de expressão e de ação, para a família e para a educação dos seus filhos, a única alternativa é arquivá-lo definitivamente. Envie agora um e-mail aos senadores pedindo o arquivamento desse projeto de lei. Aja agora e defenda a família, célula básica da sociedade, e a liberdade dos brasileiros. Clique no link abaixo para assinar a petição, se você ainda não tiver assinado. Se você já assinou, envie para as pessoas que ainda não assinaram:

Clique aqui e assine a petição pedindo o arquivamento deste infame projeto

Não deixe de divulgar a petição para todos os seus contatos, pois o tema é grave e temos pouquíssimo tempo para mostrar aos senadores que o projeto é malicioso e deve ser arquivado! Na mobilização da semana retrasada, vimos que o esforço em conjunto teve um efeito positivo. Não podemos desistir da defesa da vida, da família e da liberdade!

Contamos com sua cooperação!

Atenciosamente,

Guilherme Ferreira e toda a equipe de CitizenGO


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Para mais informações sobre o perigo da Ideologia de Gênero acesse: http://www.votopelavida.com/agendagenero.pdf
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